Revisar conceitos básicos de Cartografia - ICMBio
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE<br />
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE <strong>ICMBio</strong><br />
CURSO DE GEOPROCESSAMENTO<br />
Módulo A<br />
<strong>Cartografia</strong> Básica
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE<br />
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE<br />
CURSO DE GEOPROCESSAMENTO<br />
Módulo A - <strong>Cartografia</strong><br />
Competência:<br />
Apreen<strong>de</strong>r <strong>conceitos</strong> <strong>básicos</strong> da <strong>Cartografia</strong> <strong>de</strong> forma a balizar<br />
corretamente o uso, produção e interpretação <strong>de</strong> geoinformações,<br />
adquirindo, assim, eficiência na execução dos trabalhos que envolvam<br />
informações geográficas.
Objetivos Específicos<br />
- <strong>Revisar</strong> <strong>conceitos</strong> <strong>básicos</strong> <strong>de</strong> <strong>Cartografia</strong>;<br />
-- Conhecer os fundamentos essenciais para se produzir/utilizar um mapa<br />
-com precisão e correção;<br />
-- I<strong>de</strong>ntificar os principais elementos <strong>de</strong> uma carta topográfica;<br />
-- Conhecer o Mapeamento Sistemático Brasileiro.
CONCEITO<br />
“A cartografia é a Ciência e a Arte que se propõe a representar por meio<br />
<strong>de</strong> mapas, cartas, plantas e outras formas gráficas, os diversos ramos<br />
do conhecimento humano sobre a superfície e o ambiente terrestre*<br />
e seus diversos aspectos.”
Geodésia:<br />
“É a ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra e estabelece o apoio básico<br />
(malha <strong>de</strong> pontos geodésicos com posição geográfica precisa) para dar suporte à<br />
elaboração <strong>de</strong> mapas. A Geodésia utiliza indtrumentos semelhantes aos <strong>de</strong> Topografia,<br />
porém, dotados <strong>de</strong> alta precisão e associados a métodos mais sofisticados” (Timbó, 2001).
A <strong>Cartografia</strong> e a Geodésia estão intimamente ligadas, pois a geodésia oferece os<br />
parâmetros matemáticos e os subsídios para que a realida<strong>de</strong> seja o mais<br />
fielmente representada.
A REPRESENTAÇÃO MATEMÁTICA MAIS ADEQUADA PARA A TERRA É<br />
UM ELIPSÓIDE DE REVOLUÇÃO, COM UM EIXO MAIOR QUE O OUTRO.
Além do mo<strong>de</strong>lo matemático, a Geodésia <strong>de</strong>senvolveu um mo<strong>de</strong>lo físico<br />
chamado Geói<strong>de</strong>. É o que mais se assemelha à real forma do nosso planeta.<br />
Este mo<strong>de</strong>lo leva em consi<strong>de</strong>ração as superfícies equipotencias <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong>,<br />
que variam em função da diferente distribuição <strong>de</strong> massa, <strong>de</strong> diferentes<br />
<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s, pela superfície terrestre.
TIPOS DE REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICA<br />
Por Traço:<br />
PLANTA –área limitada, escala gran<strong>de</strong>. Representa uma área <strong>de</strong> extensão<br />
suficientemente restrita para<br />
que a curvatura terrestre não precise ser levada em consi<strong>de</strong>ração<br />
(menos <strong>de</strong> 50 km).<br />
CARTA –escala média ou gran<strong>de</strong>; aspectos naturais e artificiais; subdividida<br />
em folhas <strong>de</strong>limitadas por linhas convencionais, articuláveis com outras cartas.<br />
Continuida<strong>de</strong>, Sistêmica.
MAPA –escala pequena; aspectos geográficos,<br />
naturais, culturais e artificiais; <strong>de</strong>stinada aos<br />
mais variados usos, temáticos, culturais e<br />
ilustrativos.<br />
GLOBO – Representação cartográfica sobre uma<br />
superfície esférica, em escala pequena, dos<br />
aspectos naturais e artificiais <strong>de</strong> uma figura<br />
planetária, para diversos usos.
POR IMAGEM<br />
MOSAICO - É o conjunto <strong>de</strong> fotos aéreas, ou imagens <strong>de</strong> satélite recortadas e<br />
montadas técnica e artisticamente, <strong>de</strong> forma a dar impressão <strong>de</strong> que todo o<br />
conjunto é uma única fotografia.<br />
ORTOFOTOCARTA – Fotografia aérea, ou imagem <strong>de</strong> satélite resultante da<br />
transformação <strong>de</strong> uma foto original, que é uma perspectiva central do terreno,<br />
em uma projeção ortogonal sobre um plano, complementada por símbolos,<br />
linhas e georeferenciada, com ou sem legenda, po<strong>de</strong>ndo conter informações<br />
planimétricas.<br />
ORTOFOTOMAPA – Conjunto <strong>de</strong> várias ortofotocartas adjacentes.
MAS… COMO REPRESENTAR ESTES MODELOS 3 D EM PLANOS 2 D,<br />
OU EM OUTRAS PALAVRAS…<br />
COMO PROJETAR EM PLANOS CARTOGRÁFICOS?
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS<br />
Representar uma superfície curva em um plano.<br />
Leva em consi<strong>de</strong>ração na sua essência a curvatura terrestre e o<br />
achatamento dos pólos.<br />
O principal critério - o que se quer preservar: Proprieda<strong>de</strong>s Intrínsecas.<br />
Toda Projeção implica em distorções. A escolha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do que se<br />
quer mostrar e o uso que se dará à representação cartográfica.
EXISTEM INÚMERAS MANEIRAS DE PROJETAR: intenções políticas,<br />
interesses econômicos, necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maquiar as informações…<br />
…OU PRIVILEGIAR ÁREA, FORMA ou PROPORÇÃO.
1 Quanto ao método 1.1 geométricas 1.1.1 perspectivas<br />
1.1.2 pseudoperspectivas<br />
1.2 analíticas 1.2.1 simples ou regulares<br />
1.2.2 modificadas ou irregulares<br />
1.3 convencionais<br />
2 Quanto à situação do 2.1 ponto gnomônica <strong>de</strong> vista<br />
2.2 estereográfica<br />
2.3 ortográfica<br />
3 Quanto à superfície <strong>de</strong> 3.1projeção<br />
planas ou azimutais<br />
3.2 por <strong>de</strong>senvolvimento 3.2.1 cônicas e policônicas<br />
3.2.2 cilíndricas<br />
3.2.3 poliédricas<br />
3.3 planas ou azimutais 3.3.1 polares<br />
3.3.2 equatoriais ou meridionais<br />
3.3.3 horizontais ou oblíquas
4<br />
Quanto à situação da superfície <strong>de</strong> projeção<br />
4.1 cônicas ou policônica 4.1.1 normais<br />
4.1.2 transversas<br />
4.1.3 horizontais ou oblíquas<br />
4.2 cilíndricas 4.2.1 equatoriais<br />
4.2.2 transversas ou meridianas<br />
4.2.3 horizontais ou oblíquas<br />
5 Quanto às proprieda<strong>de</strong>s 5.1 eqüidistantes<br />
5.1.1 meridianas<br />
5.1.2 transversais<br />
5.1.3 azimutais ou ortodrômicas<br />
5.2 equivalentes<br />
5.3 conformes<br />
5.4 afilática
Quanto à Superfície <strong>de</strong> Projeção:<br />
TANGENTE<br />
CILÍNDRIC<br />
A<br />
CÔNICA<br />
SECANTE<br />
POLIÉDRICA
O principal critério utilizado é quanto ao que se quer preservar -<br />
(Proprieda<strong>de</strong>s Intrínsecas):<br />
ÁREA = Prejeções Equivalentes: Distorcem ângulos e Distâncias. Preserva área.<br />
Uso Principal – <strong>Cartografia</strong> temática e SIG.<br />
Ex.: Cônica <strong>de</strong> Albers e Azimutal <strong>de</strong> Lambert
ÂNGULOS = Projeções Conformes: Escala constante para pequenas distâncias.<br />
Para pequenas áreas, preserva a FORMA.<br />
Uso Principal – direção dos ventos, rotas, cartas topográficas.<br />
Ex: Projeção <strong>de</strong> Mercator (distorções para altas latitu<strong>de</strong>s)
DISTÂNCIAS = Projeção Equidistante:Proporção entre as distâncias.<br />
Uso Principal: Atlas, Planejamento Estratégico, representação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s áreas.<br />
Ex.: Cilíndrica Equidistante.
Projeção Cônica <strong>de</strong> Albers e Azimutal <strong>de</strong> Lambert<br />
Equivalentes - não alteram as áreas. Importante para calcular área <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
porções <strong>de</strong> terra, que ultrapassem um fuso UTM.
Projeção Cilíndrica Tranversa <strong>de</strong> Mercator (Tangente)<br />
Conforme - Representam sem <strong>de</strong>formação, os ângulos em torno <strong>de</strong><br />
quaisquer pontos; não <strong>de</strong>formam pequenas regiões.<br />
Indicada para regiões on<strong>de</strong> há predominância na extensão Norte-Sul. É muito<br />
utilizada em cartas <strong>de</strong>stinadas à navegação.
Projeção Cilíndrica Tranversa <strong>de</strong> Mercator (Secante)<br />
Conformes - Este sistema é, em essência, uma modificação da Projeção<br />
Cilíndrica Transversa <strong>de</strong> Mercator (tangente).<br />
Utilizado na produção das cartas topográficas do Sistema Cartográfico<br />
Nacional produzidas pelo IBGE e DSG.<br />
SECANTE<br />
TANGENTE
FUSOS HORARIOS<br />
• O sentido <strong>de</strong> rotação da Terra é feito <strong>de</strong> Oeste para Leste.<br />
• A Terra é dividida em 60 fusos, on<strong>de</strong> cada um se esten<strong>de</strong> por 6º <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong>.<br />
• Os fusos são numerados <strong>de</strong> um a sessenta começando no fuso que vai<br />
• <strong>de</strong> 180º a 174º W Gr. e continuando para Leste.<br />
• Cada um <strong>de</strong>stes fusos é gerado a partir <strong>de</strong> uma rotação do cilindro<br />
• <strong>de</strong> forma que o meridiano <strong>de</strong> tangência divi<strong>de</strong> o fuso em duas partes iguais<br />
• <strong>de</strong> 3º <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong>.
Fuso Horário e Zona UTM<br />
• A cada fuso associamos um sistema cartesiano métrico <strong>de</strong> referência,<br />
atribuindo à origem do sistema (interseção da linha do Equador com<br />
o meridiano central) as coor<strong>de</strong>nadas 500.000 m, para contagem <strong>de</strong><br />
coor<strong>de</strong>nadas ao longo do Equador, e 10.000.000 m ou 0 (zero) m,<br />
para contagem <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas ao longo do meridiano central,<br />
para os hemisfério sul e norte respectivamente. Isto elimina<br />
a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> valores negativos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas.
– Cada fuso <strong>de</strong>ve ser prolongado até 30' sobre<br />
os fusos adjacentes criando-se assim uma<br />
área <strong>de</strong> superposição <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> largura. Esta<br />
área <strong>de</strong> superposição serve para facilitar o<br />
trabalho <strong>de</strong> campo em certas ativida<strong>de</strong>s.
Sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadas UTM<br />
Em 1951 a União Geodésica e Geofísica Internacional (UGGI) recomendou que<br />
todos os países adotassem o Sistema UTM, afim <strong>de</strong> padronizar os trabalhos<br />
cartográficos e gerar um sistema único <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas.<br />
Em 1955 o Serviço Geográfico do Exército adotou o Sistema UTM para o<br />
Mapeamento Sistemático Brasileiro.
N<br />
Características:<br />
1)- A superfície <strong>de</strong> projeção é um cilindro transverso e secante.<br />
2)- A projeção é CONFORME e se aplica a CADA FUSO SEPARADAMENTE.<br />
3)- O meridiano central da região <strong>de</strong> interesse e o equador são<br />
representados por retas<br />
S
O meridiano central da região <strong>de</strong><br />
interesse e o equador são<br />
representados por retas<br />
Cada Zona coinci<strong>de</strong> com um<br />
fuso, que tem 6 graus <strong>de</strong><br />
amplitu<strong>de</strong>.<br />
O meridiano central do fuso o<br />
divi<strong>de</strong> em duas meta<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
3 graus.
Sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadas Geográficas<br />
A longitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> um lugar po<strong>de</strong> <strong>de</strong>finir-se como o arco <strong>de</strong><br />
meridiano, medido em graus, entre tal lugar e o<br />
meridiano principal, a que se <strong>de</strong>signa como meridiano<br />
<strong>de</strong> Greenwich. A este meridiano correspon<strong>de</strong> a longitu<strong>de</strong> 0 0 .<br />
A longitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer ponto dado sobre o globo é medida na direção leste ou oeste<br />
a partir <strong>de</strong>ste meridiano. Portanto, a longitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve oscilar entre zero e 180 graus, tanto<br />
a leste quanto a oeste <strong>de</strong> Greenwich.<br />
A longitu<strong>de</strong> varia: 0 0 a 180 0 W Gr. ou 0 0 a -180 0 ;
A latitu<strong>de</strong> po<strong>de</strong> oscilar entre zero grau no equador até 90<br />
graus norte ou sul nos pólos.<br />
A latitu<strong>de</strong>, quando medida no sentido pólo Norte é chamada latitu<strong>de</strong> Norte ou Positiva.<br />
Quando medida no sentido Sul, é chamada <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> Sul<br />
ou Negativa.<br />
A latitu<strong>de</strong> varia: 0 ° 0´ a 90° 0´ N ou<br />
0° 0´ a 90° 0´ S (ou 0° 0´ a -90° 0´ )
• O conjunto <strong>de</strong> paralelos e meridianos utilizados por uma dada projeção é <strong>de</strong>nominado<br />
Re<strong>de</strong> Geográfica (grid), quadrante, ou, reticulado.<br />
Tendo sido construído o reticulado, os pontos dacarta serão referidos a esse sistema e são<br />
localizados por suas coor<strong>de</strong>nadas geográficas.
Sistemas Geodésicos <strong>de</strong> Referência e DATUM:<br />
A adoção <strong>de</strong> uma superfície matemática rígida para representar a Terra não é suficiente<br />
para <strong>de</strong>finir o posicionamento <strong>de</strong> um ponto sobre a superfície terrestre com<br />
precisão a<strong>de</strong>quada.<br />
Para isso, faz-se necessária a adoção <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas associado aos<br />
pontos da superfície terrestre, chamado Sistema Geodésico <strong>de</strong> Referência (SGR).
A implantação <strong>de</strong> um SGR é dividida em duas partes: DEFINIÇÃO E MATERIALIZAÇÃO.<br />
A <strong>de</strong>finição compreen<strong>de</strong> a adoção <strong>de</strong> um elipsói<strong>de</strong> <strong>de</strong> revolução sobre o qual são<br />
aplicadas injunções <strong>de</strong> posição e orientação espacial;<br />
A materialização consiste no estabelecimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> geodésica <strong>de</strong> pontos<br />
instalados na superfície terrestre cujas coor<strong>de</strong>nadas são conhecidas, precisas<br />
e continuamente atualizadas.
DATUM = Ponto <strong>de</strong> Origem <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pontos com coor<strong>de</strong>nadas precisas conhecidas,<br />
cuja função é, através <strong>de</strong> cálculos <strong>de</strong><br />
triangulação, paralelismos e equivalências,<br />
aproximar as coor<strong>de</strong>nadas geodésicas à<br />
realida<strong>de</strong> do terreno.
DATUM HORIZONTAL TOPOCÊNCTRICO:<br />
“(...) 1- Escolhido um elipsói<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência, a partir <strong>de</strong> critérios geodésicos <strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>quação ou conformida<strong>de</strong> à região da superfície terrestre a ser mapeada;<br />
2- Posicionado o elipsói<strong>de</strong> em relação à Terra real, preservando o paralelismo entre o<br />
eixo <strong>de</strong> rotação da Terra real e o do elipsói<strong>de</strong>;
3- escolhe-se um ponto central (ou origem) no<br />
país ou região.<br />
Fica <strong>de</strong>finida então a estrutura básica para o<br />
sistema geodésico: o DATUM planimétrico (ou<br />
horizontal).<br />
Trata-se, portanto, <strong>de</strong> uma superfície <strong>de</strong><br />
referência elipsoidal posicionada com respeito a<br />
uma certa região. “<br />
Adaptado <strong>de</strong>(D’ALGE, Júlio César Lima. 2006)
DATUM TOPOCÊNTRICO<br />
O Ponto <strong>de</strong> origem está em um local on<strong>de</strong> o Geói<strong>de</strong> e o Elipsói<strong>de</strong> se encontram,<br />
para daí traçar as equações <strong>de</strong> correção para ajustar os outros pontos. Serve mais a<br />
uma <strong>de</strong>terminada região do globo. (Ex.: CÓRREGO ALEGRE e SAD 69)
DATUM GEOCÊNTRICO<br />
O Ponto <strong>de</strong> origem coinci<strong>de</strong> com o centro <strong>de</strong> massa da Terra.<br />
(Ex.: WGS 84 e SIRGAS 2000)<br />
Ele é mais complexo, porém mais preciso e serve para qualquer lugar do planeta.<br />
O DATUM WGS 84 é o utilizado pelo Sistema <strong>de</strong> Posicionamento Global<br />
por Satélite – (GPS/EUA).
No Sistema Geodésico <strong>de</strong> Referência Clássico,<br />
São necessários dois DATUM, um horizontal (lat-long) e um vertical (altitu<strong>de</strong>).<br />
O DATUM horizontal é um ponto <strong>de</strong> coincidência entre o Geói<strong>de</strong> e o Elipsói<strong>de</strong>.<br />
O DATUM vertical, ou altimétrico, é resultado da média <strong>de</strong> ajustamentos <strong>de</strong><br />
observações <strong>de</strong> vários marégrafos, em vários anos das medidas. Aquele que mais<br />
representa o Nível Médio dos Mares, é tomado como referência para DATUM vertical.<br />
Atualmente o datum vertical utilizado no Brasil é o <strong>de</strong> Imbituba, SC.
Até 2014 estaremos em período <strong>de</strong> transição, entre o SAD 69 e o SIRGAS 2000.<br />
Entre estes dois, é possível notal em alguns locais, diferenças horizontais <strong>de</strong> até 60 ou<br />
70 metros no sentido nor<strong>de</strong>ste, em função do aumento da precisão do sistema geocêntrico.
Fundamentos da CARTOGRAFIA TEMÁTICA<br />
- Métodos <strong>de</strong> representação gráfica <strong>de</strong> informações;<br />
- Subsidia as análises geográficas, através <strong>de</strong> mapas temáticos, cartogramas,<br />
mapas analíticos, mapas sintéticos, etc;<br />
- Os mapas <strong>de</strong>vem ser vistos e entendidos como veículos <strong>de</strong> comunicação;<br />
- Na utilização dos mapas estimula-se uma operação mental, havendo uma interação<br />
entre o mapa e os processos mentais do usuário;<br />
- A <strong>Cartografia</strong> Temática utiliza o método da representação gráfica para transcrever<br />
as informações temáticas com simbologia própria.
A informação geográfica po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> natureza qualitativa ou quantitativa.<br />
A informação qualitativa é produzida a partir <strong>de</strong> fotointerpretação, sensoriamento<br />
remoto e/ou trabalho <strong>de</strong> campo e seleciona por exemplo o uso do solo, a geomorfologia,<br />
cobertura vegetal, etc.<br />
A informação quantitativa diz respeito por exemplo a dados <strong>de</strong> população, produção,<br />
dados econômicos, etc., cujos valores são classificados e or<strong>de</strong>nados.
A INFORMAÇÃO E A ORGANIZAÇÃO DOS DADOS<br />
O plano é o suporte <strong>de</strong> toda a representação gráfica. Ele é homogêneo e possui duas<br />
dimensões: X e Y, na sua distribuição euclidiana. É o mapa-base elaborado pela<br />
cartografia sistemática.<br />
Três significações que uma figura qualquer visível po<strong>de</strong> receber com relação as duas<br />
dimensões do plano: pontual, linear ou zonal.<br />
A Semiologia é a ciência que estuda os sistemas <strong>de</strong> sinais que o homem utiliza no seio da vida social.<br />
Portanto, Representação Gráfica é a parte da Semiologia.
Modo <strong>de</strong> implantação<br />
PONTUAL
Modo <strong>de</strong> implantação<br />
LINEAR
Modo <strong>de</strong> implantação<br />
ZONAL
AS VARIÁVEIS VISUAIS<br />
A figura visível no plano varia segundo as seis variáveis da retina ou variações visuais:<br />
tamanho valor granulação cor orientação forma<br />
- Ao representar as informações, é importante observar cuidadosamente as<br />
proprieda<strong>de</strong>s significativas das variáveis visuais. É importante ter o domínio da<br />
gramática gráfica.<br />
- a escolha dos signos não é uma <strong>de</strong>cisão arbitrária. Há regras claras que precisam<br />
ser observadas, durante a concepção da legenda, a fim <strong>de</strong> que ela possa ajudar o<br />
mapa a cumprir o seu papel <strong>de</strong> comunicar <strong>de</strong>terminada informação, sem distorções.
Para Bertin (1967), as relações entre objetos/fenômenos<br />
po<strong>de</strong>m ser expressas em uma das seguintes naturezas:<br />
relações quantitativas, quando os dados são<br />
numéricos e nos permitem estabelecer<br />
proporção entre os objetos/fenômenos;<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, quando os dados não permitem<br />
estabelecer proporção, mas apresentam uma<br />
hierarquia visível entre os objetos/fenômenos; e<br />
seletivas, quando os dados não nos permitem<br />
estabelecer relações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ou <strong>de</strong> proporção.<br />
Portanto, os objetos/fenômenos são apenas<br />
diferentes (ou semelhantes) entre si.
• Em 1 (preço do terreno), os preços<br />
altos são vistos imediatamente.<br />
É um mapa para “ver”.<br />
• Em 2 eles não são vistos. É um mapa<br />
para “ler.
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA<br />
Com o passar dos anos, o eixo da terra varia sua inclinação.<br />
Isso faz com que o Norte Magnético varie também. A bússola, instrumento que aponta<br />
o Norte Magnético do Planeta, acopanha esta variação, porém os mapas registram o<br />
norte do momento em que foram feitos.<br />
Além disso, existe o norte do quadrante (sistema cartesiano) e o Norte Verda<strong>de</strong>iro<br />
(do elipsói<strong>de</strong> <strong>de</strong> referência usado para a projeção e cálculos das coor<strong>de</strong>nadas).<br />
Por isso é importante observamos a quadrícula <strong>de</strong> <strong>de</strong>clinação magnética para<br />
ajustarmos nossa observação <strong>de</strong> norte, no momento da utilização da carta.<br />
NM............Norte Magnético, estabelecido<br />
por meio da bússola<br />
NQ............Norte do Quadrante, estabelecido<br />
pelas linhas verticais da carta<br />
NG............Norte Geográfico ou Norte<br />
Verda<strong>de</strong>iro
DIAGRAMA DE DECLINAÇÃO<br />
A <strong>de</strong>clinação do quadrante é o ângulo formado pelo Norte do Quadrante – NQ e o Norte<br />
Verda<strong>de</strong>iro – NG, e seu valor é correto ou válido no centro da folha ou carta.<br />
O mesmo vale para o ângulo formado pelo Norte Verda<strong>de</strong>iro e o Norte Magnético.<br />
Vamos supor que a carta confeccionada no ano <strong>de</strong> 1975 apresentasse, em sua<br />
<strong>de</strong>clinação magnética um <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> 16030„ . Sabendo que a <strong>de</strong>clinação magnética cresce<br />
3' anualmente, é possível calcular a <strong>de</strong>clinação para o ano <strong>de</strong> 2001, por exemplo, <strong>de</strong>ssa região :<br />
Cálculos: 2001 - 1975 = 26 anos ; 26 x 3' = 78' = 1º 30'<br />
<strong>de</strong>clinação magnética atual = 16º 30' + 1º 30' = 18º
ESCALA<br />
• Escolha da Escala para representar algum objeto:<br />
• O menor traço <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho que o olho humano enxerga é <strong>de</strong> 0,2mm<br />
• Portanto, se quisermos representar um objeto <strong>de</strong> 10 metros <strong>de</strong> comprimento,<br />
por exemplo, a escala a ser adotada se dará por, no MÍNIMO:<br />
• E=D/d, on<strong>de</strong> E=<strong>de</strong>nominador da escala, D é o tamanho do objeto na realida<strong>de</strong> e<br />
d= tamanho do objeto na escala.<br />
• Denominador da Escala=10m/0,0002m<br />
• = 100.000/2<br />
• = 50.000
Escala Numérica 1:50.000 ou 1/50.000<br />
Uma unida<strong>de</strong> no mapa equivale a cinquenta mil unida<strong>de</strong>s na realida<strong>de</strong><br />
Geralmente usamos CENTÍMETROS.<br />
Escala Gráfica – acompanha as <strong>de</strong>formações do papel impresso<br />
Distâncias no gráfico iguais às distâncias no mapa.<br />
Escala Gran<strong>de</strong> = Mais Detalhes Ex.: 1:25.000, 1:10.000<br />
Escala Pequena = Poucos Detalhes Ex.: 1:1.000.000, 1:500.000
Po<strong>de</strong>mos utilizar uma base em escala maior para reduzi-la a uma menor, sem<br />
per<strong>de</strong>r informação.<br />
Porém não po<strong>de</strong>mos ampliar uma escala menor para uma maior, pois faltará informação.<br />
Digitalmente, dizemos que os pixels estouram.
PRECISÃO GRÁFICA e Erro Tolerável<br />
Precisão Gráfica é a menor gran<strong>de</strong>za medida no terreno, capaz <strong>de</strong> ser representada<br />
em <strong>de</strong>senho na mencionada escala.<br />
Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>terminar o erro admissível nas medições em <strong>de</strong>terminada escala:<br />
On<strong>de</strong>:<br />
e T - Erro Tolerável<br />
D = Dimensão Real<br />
e T = 0,0002m x D<br />
Assim, em um mapa na escala <strong>de</strong> 1:100.000, po<strong>de</strong>mos calcular o erro tolerável:<br />
e T = 0,0002m x 100.000<br />
e T = 20m
O erro tolerável, portanto, varia na razão direta do<br />
<strong>de</strong>nominador e inversa da escala, ou seja, quanto<br />
menor for a escala, maior será o erro admissível.<br />
Os aci<strong>de</strong>ntes cujas dimensões forem menor que os<br />
valores dos erros <strong>de</strong> tolerância, não serão<br />
representados graficamente, serão utilizados<br />
convenções cartográficas, cujos símbolos irão ocupar<br />
no <strong>de</strong>senho, dimensões in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> escala.<br />
O Erro tolerável serve para sabermos se uma carta está corretamente<br />
georreferenciada, por exemplo.
MAPEAMENTO<br />
SISTEMÁTICO<br />
BRASILEIRO
ÓRGÃOS OFICIAIS<br />
DSG<br />
DHN<br />
ICA<br />
IBGE<br />
Normas para as escalas maiores que 1:250 000<br />
Normas para as cartas aeronáuticas <strong>de</strong> qualquer escala<br />
Normas para as cartas náuticas <strong>de</strong> qualquer escala<br />
Normas para as escalas menores que 1:250 000<br />
Promover o estabelecimento da Re<strong>de</strong><br />
Geodésica Fundamental<br />
As Normas relativas às cartas temáticas e às cartas especiais não referidas aqui, são<br />
estabelecidas pelos órgãos públicos fe<strong>de</strong>rais interessados, na esfera <strong>de</strong> suas atribuições.
ARTICULAÇÃO DAS FOLHAS DA CARTA DO BRASIL AO MILIONÉSIMO
Exemplo:
Mariana Fava Chea<strong>de</strong><br />
Obrigada!<br />
Mariana Fava Chea<strong>de</strong> e Sheila Rancura<br />
Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Consolidação <strong>de</strong><br />
Limites/CGFUN/DIUSP<br />
mariana.chea<strong>de</strong>@icmbio.gov.br<br />
sheila.rancura@icmbio.gov.bra