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carboxiterapia no tratamento da lipodistrofia hipertrófica ... - IBRAPE

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- Obesi<strong>da</strong>de ou <strong>lipodistrofia</strong> mista<br />

Alguns autores consideram este tipo como uma variação <strong>da</strong> hiperplásica<br />

que evoluiu para <strong>hipertrófica</strong> por saturação do volume adipocitário.<br />

Sua resposta a <strong>tratamento</strong>s está diretamente relaciona<strong>da</strong> ao<br />

componente hipertrófico. Quanto maior o grau de hipertrofia, melhor a<br />

resposta à dietoterapia e outros métodos (Knittle 1974).<br />

As causas <strong>da</strong> obesi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> <strong>lipodistrofia</strong> são múltiplas, complexas e de<br />

difícil identificação, de uma maneira geral, não se restringindo apenas ao<br />

excesso de calorias ingeri<strong>da</strong>s. Alterações hormonais, fatores comportamentais,<br />

influências sócio-econômicas, situações afetivas e estereótipo de alimentação,<br />

sugerem um comportamento alimentar e/ou físico habitual, que leva à<br />

obesi<strong>da</strong>de.<br />

Estudos preliminares têm demonstrado que as células adiposas de ratos<br />

parecem emitir sinais que determinam sensação de sacie<strong>da</strong>de por estimularem<br />

receptores hipotalâmicos quando o animal encontra-se alimentado e, ao<br />

contrário, por falta de alimento, esta célula bloquearia a sinalização, induzindo<br />

à sensação de fome. Estes sinais, hoje identificados por terem origem em um<br />

hormônio protéico codificado pelo gene Ob, foi de<strong>no</strong>minado Leptina e sabe-se<br />

que, tem um papel central na regulação de tecido adiposo. A Leptina é<br />

secreta<strong>da</strong> pela célula adiposa em resposta ao aumento <strong>da</strong> massa gordurosa e<br />

age sobre o hipotálamo ventro-medial, onde diminui a biossíntese e a secreção<br />

do neuropeptídeo Y, reconhecido como o mais potente estimulante do apetite.<br />

No que se referem à <strong>lipodistrofia</strong>, outros fatores relacionados aos hábitos<br />

devem ser considerados: a posição preferencial durante o dia, vestuário<br />

constritivo, sedentarismo, uso de corticóides tópicos ou sistêmicos, reposição<br />

hormonal ou ingestão de a<strong>no</strong>vulatórios estrogênicos. Esses fatores, direta ou<br />

indiretamente concorrem para o agravamento <strong>da</strong> <strong>lipodistrofia</strong> <strong>hipertrófica</strong> ou<br />

mista, pela retenção de líquidos <strong>no</strong> espaço intersticial, com conseqüente<br />

aumento <strong>da</strong> pressão hidrostática <strong>no</strong> local e posterior compressão ve<strong>no</strong>-linfática,<br />

cronificando este distúrbio <strong>da</strong> homeostase.<br />

O <strong>tratamento</strong> <strong>da</strong> <strong>lipodistrofia</strong> <strong>hipertrófica</strong> é multifatorial e exige a<br />

participação ativa do paciente.<br />

A <strong>carboxiterapia</strong> é um método que utiliza o anidro-carbônico, um gás<br />

atóxico, não embólico e presente <strong>no</strong>rmalmente como intermediário do<br />

metabolismo celular.<br />

O <strong>tratamento</strong> consiste na administração subcutânea, através de injeção<br />

hipodérmica do CO2, diretamente nas áreas afeta<strong>da</strong>s.<br />

A ação do <strong>tratamento</strong> é efetiva em diversas alterações estéticas como na<br />

celulite, flacidez cutânea, estrias e na gordura localiza<strong>da</strong> (<strong>lipodistrofia</strong>s)<br />

A ação farmacológica do anidro carbônico esta bem estabeleci<strong>da</strong>. O<br />

CO2, quando aplicado <strong>no</strong> subcutâneo promove vasodilatação local com<br />

conseqüente aumento do fluxo vascular e o aumento <strong>da</strong> pressão parcial de<br />

oxigênio (pO2), resultante <strong>da</strong> potencialização do efeito Bohr, ou seja há redução<br />

<strong>da</strong> afini<strong>da</strong>de <strong>da</strong> hemoglobina pelo oxigênio, resultando em maior quanti<strong>da</strong>de<br />

deste disponível para o tecido. D’Aniello e colaboradores, do Departamento de<br />

Cirurgia Plástica <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de de Siena – Itália, demonstraram a ação <strong>da</strong><br />

terapêutica do CO2, administrado pela via subcutânea, sobre o microcírculo<br />

vascular. Foi evidenciado vasodilatação através <strong>da</strong> videocapilaroscopia,<br />

aumento do fluxo sanguíneo pelo Laser Doppler e o aumento <strong>da</strong> pressão<br />

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