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DÂS RELAÇÕES FAMILIÄRES DOS ESCRAVOS NO ... - DSpace

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e, oito anos depois para 11,8% do total (87.491) (tabelas 1, 2<br />

e 3, em anexo). Em "Quantos somos e quem somos", Romário<br />

MARTINS recolhe vários recenseamentos do Paraná e atribui o<br />

reduzido número de escravos à ocupação recente do território<br />

paranaense,<br />

"cujos descendentes que Saint Hilare encontrou em 1820, ainda pareciam ter<br />

até chegado diretamente da Europa, sem passagem pelos demais centros paulistas de larga<br />

mestiçagem com índios e africanos". 16<br />

Mas há que considerar a dificuldade para a obtenção de<br />

dados precisos. Nesse sentido, o relatório do Presidente da<br />

Província, Dr. Carlos de Carvalho,* em 1882, propõe:<br />

"julgo de grande<br />

interesse para a Província reforçar nos termos da lei de 28 de setembro de 1871, o fundo de<br />

emancipação e tratar de fundar e organizar colonias orphanologicas, onde sejão recebidas e<br />

educados os filhos livres de mulher escrava [...]. A dificuldade que se encontra para congregar<br />

dados estatísticos que autorizem enunciados exatos, privou-me de offerecer à vossa consideração<br />

um quadro perfeito da população dos indivíduos d'essa infeliz classe". 17<br />

(S6RI grifo no<br />

or iginal).<br />

Apesar da dificuldade de reunir dados estatísticos, o<br />

Presidente da Província apresentou relatórios nos anos de 1882<br />

e 1883 indicando idade, sexo, residência e profissão dos<br />

escravos. Em ambos consta a população escrava dos seguintes<br />

municípios: Curitiba, Paranaguá, Antonina, Guaratuba, Campo<br />

Largo, São José dos Pinhais, Lapa, Rio Negro, Palmas, São José<br />

da Boa Vista, Guarapuava, Palmeira, Ponta Grossa, Morretes,<br />

Porto de Cima, Castro e Tibagi.<br />

0 relatório de 1882 apresenta um quadro estatístico<br />

(tabela 4) dividido em dezoito faixas de idade que vão de 11 a<br />

* Carlos de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro em 20 de março de 1851. De vicepresidente<br />

do Paraná, assumiu a presidência em 6 de março de 1882. Deixou o governo em 26 de<br />

maio de 1883. Deu prioridade à instrução pública e por ter perseguido o equilíbrio<br />

orçamentário, que seria obtido por aumentos dos impostos, tornou-se impopular. (NICOLAS,<br />

liaria. Vultos paranaenses. Curitiba: 5.ed., 1958, v.3 p.70-74).

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