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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 69<br />

Existe estreita semelhança entre este Salmo e o 22. Nos versículos<br />

iniciais, Davi se queixa da bárbara cruelda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus inimigos e<br />

das graves injustiças que lhe haviam infligido. 1 Sua mente, porém, afirma<br />

ele, não foi com isso reduzida a um estado tal <strong>de</strong> aflição que o<br />

impedisse <strong>de</strong> pacientemente confiar na proteção divina, nem o <strong>de</strong>sencorajou<br />

<strong>de</strong> continuar no curso retilíneo <strong>de</strong> uma vida santa e justa. Ele,<br />

ao contrário disso, testifica que sua pieda<strong>de</strong>, bem como a coragem e a<br />

ativida<strong>de</strong> que ele manifestara em manter os interesses da glória divina,<br />

eram a causa da hostilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sferida contra ele pelas artimanhas dos<br />

homens. Depois <strong>de</strong> haver novamente se queixado <strong>de</strong> não ser menos<br />

execrado do que cruelmente oprimido por seus inimigos, ele invoca a<br />

Deus para que os visitasse com merecida punição. No final, exultando<br />

como se já obtivera seus mais nobres <strong>de</strong>sejos, ele se entrega a Deus<br />

como solene sacrifício <strong>de</strong> louvor.<br />

Ao mestre <strong>de</strong> música em Shoshannim <strong>de</strong> Davi.<br />

1 Os inimigos particulares <strong>de</strong> quem ele fala são incertos; alguns conectam a ocasião da composição<br />

do Salmo à perseguição <strong>de</strong>sferida por Saul contra ele; outros, à rebelião <strong>de</strong> Absalão. Mas,<br />

em qualquer parte da aci<strong>de</strong>ntada vida <strong>de</strong> Davi a que o Salmo se refere primariamente, po<strong>de</strong>-se<br />

concluir, à luz da freqüência com que ele é citado e aplicado a Cristo no Novo Testamento, que<br />

ele era uma profecia que apontava para ele [Cristo], <strong>de</strong> quem Davi, rejeitado e perseguido, era<br />

um eminente tipo. Ele é citado no Novo Testamento pelo menos sete vezes: o quarto versículo,<br />

em João 15.25; o nono versículo, em João 2.17 e Romanos 15.3; o vigésimo primeiro versículo,<br />

em Mateus 27.34, 48 e João 2.17, 28, 29; o vigésimo segundo e o vigésimo terceiro versículos, em<br />

Romanos 11.9, 10; e o vigésimo quinto versículo, em Atos 1.16, 20.

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