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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 72 • 75<br />

nificado, pois, consiste em que o rei escolhido por Deus na Judéia<br />

alcançaria vitória tão completa sobre seus inimigos, longínqua e ampla,<br />

que viriam humil<strong>de</strong>mente prestar-lhe homenagem.<br />

10. Os reis <strong>de</strong> Társis e das ilhas trarão presentes. O salmista<br />

continua ainda, como no versículo prece<strong>de</strong>nte, falando da extensão do<br />

reino. Os hebreus aplicam a <strong>de</strong>signação Társis a toda a costa que olha<br />

para a Cilícia. Pela expresão, as ilhas, portanto, <strong>de</strong>nota-se toda a costa<br />

do Mar Mediterrâneo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Cilícia até a Grécia. Como os ju<strong>de</strong>us,<br />

contentando-se com as comodida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seu próprio país, não empreendiam<br />

viagens a países distantes, como faziam as <strong>de</strong>mais nações;<br />

Deus, havendo expressamente requerido <strong>de</strong>les que se confinassem<br />

<strong>de</strong>ntro dos limites <strong>de</strong> seu próprio país, para que não se corrompessem<br />

pelos costumes estrangeiros, costumavam, em conseqüência disso,<br />

aplicar o <strong>de</strong>signativo ilhas aos países que ficavam no outro lado do<br />

mar. Aliás, admito que Chipre, Creta e outras ilhas eram compreendidas<br />

por tal <strong>de</strong>signativo; mas também sustento que ele se aplica a todos<br />

os territórios que ficavam situados para além do Mar Mediterrâneo.<br />

Pelos termos hjnm, minchah, um presente, e rk?a, eshcar, um donativo<br />

ou dom, <strong>de</strong>ve-se enten<strong>de</strong>r qualquer tributo ou direito alfan<strong>de</strong>gário, e<br />

não oferendas voluntárias; pois ele está falando <strong>de</strong> inimigos vencidos<br />

e da marca ou sinal <strong>de</strong> sua sujeição. Tudo indica que neste lugar tais<br />

termos foram usados intencionalmente a fim <strong>de</strong> mitigar o opróbrio que<br />

tal marca <strong>de</strong> sujeição provocava; 19 como se o escritor inspirado indiretamente<br />

reprovasse quem <strong>de</strong>fraudava seus reis <strong>de</strong> seus fiscos. Por<br />

ab?, Sheba, há quem pensa ser a Arábia; e por abs, Seba, a Etiópia.<br />

Há outros, contudo, que, pelo primeiro termo, enten<strong>de</strong>m toda aquela<br />

parte do Golfo da Arábia que vai para a África; e, pelo segundo, que é<br />

escrito com a letra s, samech, o país dos sabeus, 20 país esse muito pra-<br />

19 hjnm, minchah, significa propriamente uma oferta amigável; e rk?a, eshcar, um presente <strong>de</strong><br />

compensação feito em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> benefícios recebidos – uma dádiva que uma pessoa presenteia<br />

como emblema <strong>de</strong> gratidão. – Veja-se Apêndice.<br />

20 Supõe-se ficar na Arábia Félix. “A Septuaginta traz: ‘Os reis dos árabes e dos sabeus trarão<br />

ofertas.’ De sorte que, provavelmente, Seba fosse o nome geral da Arábia; e Sabá, ou Sabæa, fosse<br />

aquela província específica <strong>de</strong>le chamada Arábia Félix, ficando ao sul, entre o Golfo Pérsico e o

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