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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 106 • 729<br />

provasse ser injuriosa contra o povo santo. Pois Deus, havendo escolhido<br />

aquela terra para que lhe fosse habitação, pretendia que ela<br />

fosse santa e purificada <strong>de</strong> toda mácula. Portanto, ao recusar-se a<br />

executar a vingança or<strong>de</strong>nada sobre eles, o povo mostrou sua disposição<br />

em associar-se com os habitantes incircuncisos <strong>de</strong> Canaã.<br />

Ao manifestar indiferença à or<strong>de</strong>m divina referente à expulsão <strong>de</strong>ssas<br />

nações, davam justa causa a que sua ira se inflamasse contra<br />

eles. Eis, diz ele, que or<strong>de</strong>nei que todas essas nações sejam eliminadas<br />

pela espada; e agora, visto que não obe<strong>de</strong>cestes minha voz,<br />

“serão espinhos em vossos olhos, e aguilhões em vossas virilhas, e<br />

apertar-vos-ão na terra em que habitar<strong>de</strong>s” [Nm 33.55]. Ao não <strong>de</strong>struírem<br />

todas essas nações, porém permitindo que algumas <strong>de</strong>las<br />

ficassem, po<strong>de</strong>ria parecer um ato <strong>de</strong> misericórdia; mas ao agir assim<br />

o povo era culpado <strong>de</strong> negligenciar a execução da justa vingança <strong>de</strong><br />

Deus sobre elas, e <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a terra vulnerável às contaminações<br />

<strong>de</strong> suas abominações. À luz <strong>de</strong>ssas coisas se <strong>de</strong>ve observar que<br />

são dois os extremos a que os homens se prontificam a ce<strong>de</strong>r, ou<br />

sendo <strong>de</strong>snecessária e extremamente rigorosos, ou frustrando os<br />

fins da justiça com extrema indulgência. Devemos, pois, a<strong>de</strong>rir estritamente<br />

ao mandamento <strong>de</strong> Deus, caso <strong>de</strong>sejemos evitar ambos<br />

os extremos. Pois se os israelitas são con<strong>de</strong>nados por pouparem totalmente<br />

algumas <strong>de</strong>ssas nações, o que pensarmos daqueles juízes<br />

que, <strong>de</strong>vido a uma tímida e apática atenção aos <strong>de</strong>veres responsáveis<br />

<strong>de</strong> seu ofício, agem com extrema indulgência em favor <strong>de</strong> umas<br />

poucas pessoas, <strong>de</strong>bilitando assim os restringentes das enseadas<br />

do vício em <strong>de</strong>trimento do bem público?<br />

35. Mas se misturaram. Ele <strong>de</strong>screve qual foi o resultado <strong>de</strong> tão<br />

infantil espírito <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>; isto é, que se <strong>de</strong>ixaram contaminar<br />

com as poluições das nações que haviam poupado. Tivessem eles<br />

exclusivamente habitado a terra <strong>de</strong> Canaã, e teriam mais facilmente<br />

retido a pureza do culto divino. Deixando-se influenciar por tais<br />

vizinhos, não admira que tão logo se <strong>de</strong>generassem das pegadas <strong>de</strong><br />

seus pais, porque somos mais inclinados a seguir o exemplo dos

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