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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 105 • 693<br />

ram da vida. Essa, pois, foi a liberalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, em cujas mãos<br />

e a cuja disposição estão todas as riquezas do mundo. Ele po<strong>de</strong>ria<br />

ter tomado à força dos egípcios o que lhes havia dado; porém curvou<br />

o coração <strong>de</strong>les, <strong>de</strong> modo que, <strong>de</strong> comum acordo, se <strong>de</strong>ixaram<br />

<strong>de</strong>spojar. A expressão, pois seu terror caiu sobre eles, <strong>de</strong>ve ser entendida<br />

passivamente; porque os israelitas não estavam com medo<br />

dos egípcios; pelo contrário, metiam medo neles. Tampouco o profeta<br />

fala <strong>de</strong> um medo ordinário. Um pouco antes o medo os incitara<br />

à cruelda<strong>de</strong> e tirania; mas, como ainda naquele dia se comportaram<br />

com indomável audácia, sacudindo <strong>de</strong> si todo temor, Deus <strong>de</strong><br />

repente os põe prostrados por extraordinário terror que lhes sobreveio.<br />

Portanto, aqui com justiça se reconhece entre as exibições<br />

do prodigioso po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus, que ele subjugou a fúria impetuosa<br />

com que os egípcios ardiam antes, para que viessem a permitir-lhes<br />

que partissem, a quem <strong>de</strong>terminaram tratar ru<strong>de</strong>mente e usar em<br />

ativida<strong>de</strong>s servis; que era como entregar ovelhas a lobos vorazes.<br />

[vv. 39-43]<br />

Esten<strong>de</strong>u uma nuvem por coberta, e fogo para fornecer luz durante a<br />

noite. Pediram-lhe, e ele trouxe codornizes, e os fartou com o pão do<br />

céu. Fen<strong>de</strong>u uma rocha, e borbotaram águas; correram nos lugares secos<br />

como um rio. Porque se lembrou <strong>de</strong> sua santa promessa, a qual fez<br />

a Abraão seu servo. E tirou dali seu povo com alegria, e seus eleitos<br />

com regozijo.<br />

39. Esten<strong>de</strong>u uma nuvem por coberta. O salmista enumera certos<br />

milagres por meio dos quais Deus <strong>de</strong>u seguimento a sua graça<br />

em prol <strong>de</strong> seu povo no <strong>de</strong>serto. Esta or<strong>de</strong>m é digna <strong>de</strong> nota; pois<br />

não foi insignificante confirmação que se acrescentou àquela incomparável<br />

obra <strong>de</strong> re<strong>de</strong>nção, quando Deus não cessou <strong>de</strong> revelar-se<br />

como o guia <strong>de</strong> suas jornadas. Conseqüentemente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver<br />

transposto o Mar Vermelho, ele esten<strong>de</strong>u uma nuvem sobre eles,<br />

<strong>de</strong> dia, para protegê-los do sol ar<strong>de</strong>nte; e, durante a noite, <strong>de</strong>u-lhes<br />

luz provinda <strong>de</strong> uma coluna <strong>de</strong> fogo, para que, mesmo em meio à

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