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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 105 • 691<br />

34. Ele falou, e vieram gafanhotos. Esta calamida<strong>de</strong>, que era<br />

trazida sobre os campos, não po<strong>de</strong>ria ser atribuída ao <strong>de</strong>stino; porque<br />

os gafanhotos surgiram <strong>de</strong> repente em nuvens incontáveis, <strong>de</strong><br />

modo que cobriram toda a terra do Egito. O milagre se fez mais<br />

evi<strong>de</strong>nte em virtu<strong>de</strong> da palavra falada, por meio da qual ele foi introduzido.<br />

Ao ser anunciado seu acontecimento, isso removeu toda<br />

dúvida <strong>de</strong> ser ele obra do Altíssimo. Por conseguinte, diz-se expressamente<br />

que os gafanhotos e as lagartas, à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Deus, se<br />

precipitaram como soldados que correm à batalha ao som <strong>de</strong> trombeta.<br />

Sempre que esses insetos nos molestam e <strong>de</strong>stroem os frutos<br />

da terra, com certeza são o azorrague <strong>de</strong> Deus; aqui, porém, a intenção<br />

é realçar uma obra extraordinária <strong>de</strong> sua mão. Por fim, o profeta<br />

recita o último milagre, o qual foi operado pelo anjo na noite anterior<br />

à partida do povo, quando ele matou todos os primogênitos<br />

por todo o Egito. Nesta história apenas relanceio rapidamente,<br />

como tenho igualmente feito com os outros fatos prece<strong>de</strong>ntes, e<br />

<strong>de</strong>sta vez nos é suficiente conhecer o propósito do escritor sacro.<br />

Entretanto, ele amplia essa exibição do po<strong>de</strong>r divino, à guisa <strong>de</strong><br />

repetição, <strong>de</strong>clarando que os primogênitos e a flor <strong>de</strong> seu vigor seriam<br />

<strong>de</strong>struídos. Infelizmente alguns traduzem: O princípio <strong>de</strong> sua<br />

dor. Como o vigor do homem se mostra na geração, os hebreus <strong>de</strong>nominam<br />

o primogênito <strong>de</strong> o princípio do vigor, como já explicamos<br />

em Gênesis 49.3: “Ruben, tu és meu primogênito, minha força e o<br />

princípio <strong>de</strong> meu vigor.”<br />

37. E os tirou para fora com prata e ouro. 29 O profeta, em<br />

contrapartida, celebra a graça <strong>de</strong> Deus que preservou o povo eleito<br />

intocado e isento <strong>de</strong> todas essas pragas. Se ambas as partes tivessem<br />

sido indiscriminadamente atingidas por elas [as pragas], a<br />

mão <strong>de</strong> Deus não teria sido tão magistralmente manifesta. Agora,<br />

porém, quando os israelitas, em meio a tantas calamida<strong>de</strong>s, expe-<br />

29 A alusão é aos israelitas levando consigo, em sua partida do Egito, jóias <strong>de</strong> prata e <strong>de</strong> ouro,<br />

as quais pediram emprestadas dos egípcios [Êx 12.36].

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