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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 105 • 681<br />

a lume o feliz resultado, o qual Deus manteve oculto e em suspenso por<br />

muito tempo, a paciência <strong>de</strong> José foi severamente provada. O que os homens<br />

mundanos, que não reconhecem a Deus como sendo o Governante<br />

das ativida<strong>de</strong>s humanas, chamam <strong>de</strong>stino, o profeta distingue por meio<br />

<strong>de</strong> um título mais apropriado, chamando-o palavra, e palavra <strong>de</strong> cada<br />

homem. Tampouco vejo alguma improprieda<strong>de</strong> em usar a palavra francesa<br />

<strong>de</strong>stinée [<strong>de</strong>stino]. Quando se torna acirrada a disputa, ou, melhor,<br />

o tagarelar dos estóicos sobre o <strong>de</strong>stino, não só envolvem a si mesmos e<br />

aquilo <strong>de</strong> que tratam em intrincado emaranhado, mas, ao mesmo tempo,<br />

envolvem em perplexida<strong>de</strong> uma verda<strong>de</strong> indubitável; pois ao imaginar<br />

uma concatenação <strong>de</strong> causas, privam a Deus do governo do mundo. É<br />

uma ímpia invenção jungir assim causas, entretecendo umas com as outras,<br />

como se Deus mesmo estivesse jungido a elas. Nossa fé, pois, <strong>de</strong>ve<br />

remontar a seu secreto conselho, por meio do qual, sem ser controlado,<br />

dirige todas as coisas a seu fim. Esta passagem também nos ensina que<br />

Deus continuará a afligir os santos só até aquele ponto em que se revelem<br />

totalmente provados.<br />

[vv. 20-24]<br />

Mandou o rei e o fez soltar; sim, o governador dos povos, e o pôs em liberda<strong>de</strong>.<br />

Ele o fez senhor sobre sua casa; e governador sobre toda sua subsistência;<br />

para sujeitar seus príncipes 14 a seu bel-prazer; e ensinar sabedoria a seus<br />

anciãos. E Israel entrou no Egito; e Jacó peregrinou na terra <strong>de</strong> Cam. 15 E ele<br />

aumentou seu povo gran<strong>de</strong>mente, e os multiplicou 16 sobre seus opressores.<br />

20. Mandou o rei e o fez soltar. O salmista celebra em termos<br />

sublimes o livramento <strong>de</strong> José; pois o po<strong>de</strong>r singular <strong>de</strong> Deus foi cla-<br />

14 “O significado <strong>de</strong> obrigar seus príncipes é exercer o controle sobre os maiores homens no<br />

reino, cujo po<strong>de</strong>r foi conferido por faraó a José [veja-se Gn 41,40 ; também os vv. 43, 44]. A capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> obrigar <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada como uma evidência <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>; um po<strong>de</strong>r controlador<br />

da obediência; ou, na ausência <strong>de</strong>sta, <strong>de</strong> infligir castigo.” – Phillips.<br />

15 “Como os dois membros do mesmo versículo expressam substancialmente a mesma coisa,<br />

inferimos que a terra <strong>de</strong> Cam era o próprio Egito. Cam, filho <strong>de</strong> Noé, foi pai <strong>de</strong> Mizrain, que supostamente<br />

foi o fundador do povo egípcio, e daí os dois nomes do país. Jerônimo, em sua nota<br />

sobre Gênesis 10.6, observa que o Egito era chamado, em seus dias, no idioma egípcio, pelo nome<br />

<strong>de</strong> Cam.” – Ibi<strong>de</strong>m.<br />

16 “Ou, fortifia.” — v.f.m. “Ou, fortaleceu.”

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