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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 105 • 675<br />

Na pessoa <strong>de</strong> Abraão e seus filhos, porém, ele mostra que havia outra<br />

razão para <strong>de</strong>fendê-los assim. Ele os chama meus ungidos, porque os<br />

havia separado para que fossem seu povo peculiar. No mesmo sentido,<br />

ele os <strong>de</strong>signa <strong>de</strong> profetas (título esse com que Abraão é também<br />

honrado [Gn 20.7]), não só porque Deus se lhes manifestara <strong>de</strong> um<br />

modo mais íntimo, mas também porque fielmente difundira a verda<strong>de</strong><br />

divina por toda parte, para que a memória <strong>de</strong>la os fizesse sobreviver e<br />

florescer após sua morte. É verda<strong>de</strong> que a unção não estava ainda em<br />

uso, como esteve mais tar<strong>de</strong> sob a lei; mas o profeta ensina que, o que<br />

Deus em um período subseqüente exibiu nas cerimônias da lei, estava<br />

realmente e em cada ato em Abraão, mesmo porque Deus imprime a<br />

marca <strong>de</strong> santificação em todos seus eleitos. Se a unção interior <strong>de</strong><br />

Deus era <strong>de</strong> uma eficácia tão po<strong>de</strong>rosa, mesmo na época em que ainda<br />

não <strong>de</strong>signara nem instituíra as figuras da lei, com tanto maior cuidado<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rá ele a seus servos agora, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> nos haver exibido a plenitu<strong>de</strong><br />

da unção em seu Filho unigênito!<br />

[vv. 16-19]<br />

E chamou ele a fome sobre a terra; quebrou ele todo o sustento do pão.<br />

Enviou um homem adiante <strong>de</strong>les; José foi vendido como escravo. Eles afligiram<br />

seus pés nos troncos; o ferro entrou em sua alma, até o tempo em<br />

que veio sua palavra; a palavra <strong>de</strong> Jehovah o provou.<br />

16. E chamou ele a fome sobre a terra. Aqui o escritor inspirado<br />

recorda uma eminente prova da providência divina para com o povo eleito,<br />

no tempo em que o pacto po<strong>de</strong>ria parecer estar invalidado e abolido.<br />

A herança da terra <strong>de</strong> Canaã (como se afirmou antes) foi acrescentada<br />

como um penhor ou garantia para confirmação. Os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> Jacó<br />

no Egito, cuja casa ficou privada da visão da terra, não podiam fazer com<br />

que o pacto perecesse. Neste fato a constância divina se revelou ainda<br />

mais esplen<strong>de</strong>nte; sim, por meio <strong>de</strong>ssa provação ele manifestou mais claramente<br />

quão provi<strong>de</strong>nte pai era ele em preservar a semente <strong>de</strong> Abraão.<br />

Mas é melhor consi<strong>de</strong>rar cada particular no versículo. Em primeiro lugar,<br />

ensina-se que a fome que levou Jacó para o Egito não aconteceu por

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