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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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672 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

to que sabiam que foram introduzidos nela em virtu<strong>de</strong> do pacto que<br />

Deus selou com eles, a consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> nos ter dado ele seu Cristo,<br />

“em quem as promessas são sim e amém” [2Co 1.20], <strong>de</strong>ve ter muito<br />

maior peso em relação a nós. Ao lermos: Dar-te-ei a linha <strong>de</strong> medir <strong>de</strong><br />

vossa herança, a mudança <strong>de</strong> número realça que Deus fez um pacto<br />

com todo o povo em geral, ainda que expressasse os termos somente<br />

em relação a uns poucos indivíduos; ainda quando já vimos um pouco<br />

antes que ele era um <strong>de</strong>creto ou uma lei eterna. Os santos patriarcas<br />

foram os primeiros e as principais pessoas em cujas mãos a promessa<br />

foi confiada; mas não abraçaram a graça que lhes foi oferecida como se<br />

ela pertencesse somente a eles, mas como algo <strong>de</strong> sua proprieda<strong>de</strong> em<br />

comum com aqueles que se tornaram participantes <strong>de</strong>la.<br />

[vv. 12-15]<br />

Quando eram apenas uns poucos em número e estrangeiros nela; e andavam<br />

<strong>de</strong> nação a nação, e <strong>de</strong> um reino a outro povo, ele não permitiu que<br />

os homens os ferissem, e por causa <strong>de</strong>les repreen<strong>de</strong>u reis, dizendo: não<br />

toqueis em meus ungidos e não maltrateis meus profetas. 9<br />

12. Quando eram apenas uns poucos em número. O profeta aqui<br />

relembra os benefícios que Deus conferira aos santos pais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

princípio, com o intuito <strong>de</strong> manifestar que mesmo <strong>de</strong> longa data, antes<br />

do livramento do Egito, o pacto não era <strong>de</strong>stituído <strong>de</strong> eficácia. O gran<strong>de</strong><br />

objetivo em vista neste recital é <strong>de</strong>monstrar que sempre, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

Deus tomou a Abraão sob sua proteção, ele cuidou <strong>de</strong>le <strong>de</strong> uma forma<br />

prodigiosa; e também que seu paternal amor e cuidado se exibiram na<br />

manutenção e <strong>de</strong>fesa dos outros dois patriarcas. Ao dizer que eram<br />

9 Dr. Morison explica os versículos 13, 14 e 15 assim: “Quando foram <strong>de</strong> uma parte a outra parte<br />

<strong>de</strong> Canaã, a qual acharam possuída por sete gran<strong>de</strong>s nações [Gn 7.1]; quando foram expulsos <strong>de</strong><br />

um reino para outro – às vezes no Egito [Gn 12.10], às vezes em Gerar [Gn 20.1; 26] e às vezes nos<br />

países do Oriente, don<strong>de</strong> saíram [Gn 24.1], não sofreram nenhum maltrato <strong>de</strong>les; ao contrário, ele<br />

suscitou-lhes amigos [Gn 31.24-42], repreen<strong>de</strong>u os reis do Egito [Gn 12.16, 17] e <strong>de</strong> Gerar [Gn 20.3]<br />

por causa <strong>de</strong>les, e os aconselhou em termos os mais solenes que não tocassem nem maltratassem<br />

as pessoas <strong>de</strong> seus servos ungidos [Gn 26.11, 29], por meio <strong>de</strong> quem, isto é, por Abraão, Isaque<br />

e Jacó, o Altíssimo comunicava sua vonta<strong>de</strong> a sua Igreja, <strong>de</strong>rramando seu Espírito sobre eles e<br />

fazendo <strong>de</strong>les reis e sacerdotes nas famílias eminentes a que pertenciam.”

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