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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 102 • 601<br />

segurança <strong>de</strong>pendia tão-somente <strong>de</strong>la. Mas agora temos que atentar<br />

para o tempo aludido. A palavra duwm, moed, significa todo tipo<br />

<strong>de</strong> dias fixados ou <strong>de</strong>signados. Há, pois, além <strong>de</strong> toda dúvida, uma<br />

referência à profecia <strong>de</strong> Jeremias, registrada no capítulo 29 <strong>de</strong> seu<br />

livro, no versículo 10, e reiterada no último capítulo do segundo<br />

livro <strong>de</strong> Crônicas, no versículo 21. A fim <strong>de</strong> que os fiéis não mergulhassem<br />

no <strong>de</strong>sespero, em <strong>de</strong>corrência da longa continuação <strong>de</strong><br />

suas calamida<strong>de</strong>s, precisavam ser sustentados pela esperança <strong>de</strong><br />

que lhes fora <strong>de</strong>signado por Deus um ponto final <strong>de</strong> seu cativeiro,<br />

e que o mesmo não se esten<strong>de</strong>ria além <strong>de</strong> setenta anos. Daniel se<br />

<strong>de</strong>dicou à meditação sobre esse mesmo tópico, quando “ele volveu<br />

seu rosto para o Senhor Deus, a buscar, por meio <strong>de</strong> oração e súplicas”,<br />

o restabelecimento da Igreja [Dn 9.2]. De modo semelhante,<br />

o objetivo ora almejado pelo profeta era estimular a si e a outros<br />

à confiança em oração, focalizando Deus no tocante a esta memorável<br />

profecia, como um argumento para induzi-lo a levar a bom<br />

termo o melancólico cativeiro <strong>de</strong>les. Seguramente, se em nossas<br />

orações não nos lembrarmos das promessas divinas, nossos <strong>de</strong>sejos<br />

serão meramente lançados ao ar como fumaça. Entretanto, é<br />

preciso observar que, embora o tempo do livramento prometido<br />

estivesse às portas, ou já houvesse chegado, todavia o profeta não<br />

interrompe o exercício da oração, ao qual Deus nos incita por meio<br />

<strong>de</strong> sua palavra. E embora o tempo já estivesse estabelecido, todavia<br />

ele invoca a Deus, como se ainda estivesse recorrendo exclusivamente<br />

a seu gracioso beneplácito. Pois as promessas por meio das<br />

quais Deus se pusera sob a obrigação em relação a nós <strong>de</strong> modo<br />

algum obscurece sua graça.<br />

14. Pois teus servos têm prazer em suas pedras. Restringir<br />

isso à pessoa <strong>de</strong> Ciro e Dario é totalmente insustentável. De fato<br />

não surpreen<strong>de</strong> encontrar os doutores judaicos à caça, com excessiva<br />

energia, <strong>de</strong> tolas sutilezas; eu, porém, me sinto surpreso<br />

que alguns <strong>de</strong> nossos comentaristas mo<strong>de</strong>rnos subscrevam uma<br />

interpretação tão pobre e árida. Estou certo <strong>de</strong> que, em alguns lu-

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