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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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58 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

pon<strong>de</strong>re bem – igualmente teremos, quando a questão é relativa à vida<br />

espiritual e eterna, se fracassarmos – que não seja por muito menos!<br />

– em nossa <strong>de</strong>pendência da graça <strong>de</strong> Deus? Portanto, é inegável que<br />

a doutrina inventada pelos papistas, a qual divi<strong>de</strong> a obra <strong>de</strong> perseverança<br />

na santida<strong>de</strong> entre o livre-arbítrio humano e a graça <strong>de</strong> Deus, 15<br />

precipita as almas miseráveis na <strong>de</strong>struição.<br />

[vv. 17-19]<br />

Ó Deus, tu me tens instruído <strong>de</strong>s<strong>de</strong> minha juventu<strong>de</strong>; até aqui ensinei tuas<br />

maravilhosas obras. E agora, ó Deus, que sou velho e <strong>de</strong> cabelos brancos,<br />

não me abandones até que tenha <strong>de</strong>clarado tua força à geração e teu po<strong>de</strong>r<br />

a todos os que ainda virão. E tua justiça, ó Deus, é muito sublime; pois tens<br />

feito gran<strong>de</strong>s coisas. Ó Deus, quem é semelhante a ti?<br />

17. Ó Deus, tu me tens instruído <strong>de</strong>s<strong>de</strong> minha juventu<strong>de</strong>. O<br />

salmista <strong>de</strong>clara uma vez mais a imensurável obrigação sob a qual<br />

ele se achava diante <strong>de</strong> Deus por sua benevolência, não só com vistas<br />

a estimular-se à gratidão, mas também com vistas a animar-se a<br />

prosseguir nutrindo esperança em relação ao futuro; o que notaremos<br />

no versículo seguinte. Além disso, visto que Deus nos ensina tanto<br />

por palavras quanto por atos, é indubitável que a segunda espécie <strong>de</strong><br />

ensino é aqui indicada, ou, seja, que a idéia comunicada é que Davi<br />

apren<strong>de</strong>u, mediante a experiência contínua, ainda <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a tenra ida<strong>de</strong>,<br />

que nada é melhor do que <strong>de</strong>scansar inteiramente no Deus verda<strong>de</strong>iro.<br />

Para que jamais fosse privado <strong>de</strong>ssa verda<strong>de</strong> prática, ele testifica que<br />

fizera gran<strong>de</strong> proficiência nela. Ao prometer que voltaria a publicar as<br />

portentosas obras <strong>de</strong> Deus, seu objetivo em anunciar tal comprometimento<br />

era que, por ingratidão sua, não fosse interrompido o curso da<br />

beneficência divina.<br />

Quanto à verda<strong>de</strong> aqui expressa, ele continua a oração que apresenta<br />

no versículo 18, para que não fosse esquecido em sua velhice.<br />

Eis seu raciocínio: Visto, ó Deus, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> minha existên-<br />

15 Isto é, que representa essa obra como realizada em parte por Deus e em parte por um po<strong>de</strong>r<br />

que o homem tem em si mesmo <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> Deus.

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