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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 98 • 561<br />

Deus, isso não é um mero enaltecimento da gran<strong>de</strong>za da salvação,<br />

significando que ela seria tão ilustre, que a notícia <strong>de</strong>la atingiria os<br />

confins da terra; mas significa que as nações, anteriormente imersas<br />

em ilusões e superstições, participariam <strong>de</strong>la.<br />

[vv. 4-9]<br />

Exultai diante <strong>de</strong> Jehovah toda a terra; gritai bem alto, alegrai-vos e<br />

cantai louvores. Cantai a Jehovah com harpa, com harpa e com a voz<br />

<strong>de</strong> um salmo. 6 Com trombetas e o som <strong>de</strong> corneta, cantai diante <strong>de</strong><br />

Jehovah o Rei. Brame o mar e sua plenitu<strong>de</strong>; o mundo e os que nele habitam.<br />

7 Os rios batam palmas; 8 os montes se alegrem juntamente, diante<br />

<strong>de</strong> Jehovah; pois ele vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e<br />

os povos com eqüida<strong>de</strong>.<br />

4. Exultai diante <strong>de</strong> Jehovah toda a terra. Aqui ele reitera a<br />

exortação que expressou no início; e ao dirigi-la às nações em geral,<br />

ele indica que, quando Deus <strong>de</strong>rrubasse o muro <strong>de</strong> separação, todos<br />

se congregariam movidos por uma fé comum formando uma só<br />

Igreja no mundo inteiro. Ao falar <strong>de</strong> instrumentos musicais, a alusão<br />

é evi<strong>de</strong>ntemente à prática da Igreja naquele tempo, sem qualquer<br />

intenção <strong>de</strong> jungir os gentios à observância das cerimônias da lei.<br />

A repetição é enfática e implica que as mais ar<strong>de</strong>ntes tentativas<br />

6 A tradução <strong>de</strong> Horsley é:<br />

“Entoai louvores a Jehovah com harpa,<br />

Com harpa e ao som do zimrah.”<br />

“hrmz, aqui”, observa ele, “como no Salmo 81.2, é certamente o nome <strong>de</strong> algum instrumento<br />

musical. Mas, que instrumento particular po<strong>de</strong>ria ser, que recebesse esse nome, é totalmente<br />

incerto. Portanto, eu retenho a palavra hebraica.”<br />

7 Street é <strong>de</strong> opinião que os casos nominativos da parte conclusiva <strong>de</strong>ste versículo não pertencem<br />

ao verbo da sentença prece<strong>de</strong>nte, mas ao verbo no versículo subseqüente. “Ruja o globo”,<br />

diz ele, “e os que nele habitam” não é uma expressão muito própria como “O globo e os que nele<br />

habitam batam palmas.”<br />

8 “Os rios batam palmas” é uma prosopopéia muito bela, uma figura para a qual os poetas<br />

hebreus são extraordinários e a qual manejam com igual elegância e ousadia. Horsley a traduz<br />

assim: “Que os rios aplau<strong>de</strong>m”; observando que literalmente é “bater suas mãos”. “O verbo /nr”,<br />

acrescenta, “expressa o movimento vibratório, dos pés <strong>de</strong> um dançarino ou dos lábios <strong>de</strong> um cantor.<br />

Portanto, quando aplicado figuradamente a algo inanimado que não po<strong>de</strong> dançar nem cantar,<br />

é melhor verter seu sentido geral do que limitá-lo a qualquer imagem particular. Nosso idioma não<br />

tem nenhum termo que, como o hebraico, expresse a dança ou o canto indiscriminadamente.”

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