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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 97 • 553<br />

dos homens, somos ensinados também que não há razão alguma para<br />

surpresa diante do volume <strong>de</strong> superstições que têm permeado o mundo<br />

inteiro. Temos um exemplo da mesma verda<strong>de</strong> em nossos próprios<br />

dias. O conhecimento da religião genuína foi extinta entre os turcos, os<br />

ju<strong>de</strong>us e os papistas; e, como uma conseqüência inevitável, todos se<br />

acham imersos no erro; pois é impossível que readquiram uma mente<br />

sã, ou se arrependam <strong>de</strong> seus erros, uma vez que se <strong>de</strong>ixaram dominar<br />

pela ignorância do verda<strong>de</strong>iro Deus. Quando o salmista fala <strong>de</strong> serem<br />

eles confundidos, sua intenção é que viria o tempo quando os que se<br />

entregaram à idolatria se arrepen<strong>de</strong>riam e voltariam a cultuar o verda<strong>de</strong>iro<br />

Deus. Não que todos sem exceção seriam conduzidos ao genuíno<br />

arrependimento – pois a experiência nos tem ensinado, em nossos próprios<br />

dias, como os homens ateus 7 se <strong>de</strong>svencilham da superstição, e<br />

no entanto assumem a mais cínica impudência –, mas que esta é uma<br />

daquelas conseqüências que o conhecimento <strong>de</strong> Deus efetua, a saber:<br />

a conversão dos homens, <strong>de</strong> seus erros, para Deus. Alguns há que obstinadamente<br />

resistem a Deus, dos quais temos inúmeros exemplos no<br />

papado; porém temos sobejas razões para crer que são secretamente<br />

prostrados por aquilo que afetam <strong>de</strong>sprezar e ainda assim são confusos<br />

em sua oposição. O que o salmista diz um pouco adiante, Que<br />

todos os <strong>de</strong>uses 8 se prostrem [em adoração] diante <strong>de</strong>le, se aplica<br />

propriamente aos anjos, nos quais ali resplan<strong>de</strong>ce alguma pequena fagulha<br />

da divinda<strong>de</strong>; todavia po<strong>de</strong>, ainda que menos apropriadamente,<br />

7 “Lucianici homines.” – v.l. “Disciples <strong>de</strong> Lucian et Atheistes.” – v.f.<br />

8 Com a exceção da versão Caldaica, a qual, em vez <strong>de</strong> ‘<strong>de</strong>uses’ traz ‘povos’, todas as versões<br />

antigas traduzem por anjos – todos seus anjos, como se a redação do hebraico originalmente tivesse<br />

לכ ‏,ויכאלמ e não como em nossas cópias atuais,

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