31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 97 • 551<br />

os que se gloriam em suas invenções; 4 que se prostrem diante <strong>de</strong>le todos<br />

os <strong>de</strong>uses. Sião ouviu e se alegrou; e as filhas <strong>de</strong> Judá 5 se regozijaram por<br />

causa <strong>de</strong> teus juízos, ó Jehovah!<br />

6. Os céus têm <strong>de</strong>clarado sua justiça. Aqui ele <strong>de</strong>clara que haveria<br />

uma exibição tão esplendorosa da justiça <strong>de</strong> Deus, que os próprios<br />

céus seriam seu arauto. O significado não é o mesmo que no início do<br />

Salmo 19: “Os céus proclamam a glória <strong>de</strong> Deus” etc. Naquele Salmo,<br />

Davi tem em mente não mais que isto: a sabedoria e o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus<br />

se acham tão visivelmente expostos na estrutura cósmica, que é como<br />

se Deus os tivera dotado com voz audível. O significado da passagem<br />

que se acha diante <strong>de</strong> nossos olhos é este: a justiça espiritual <strong>de</strong> Deus<br />

se manifestaria tão magistralmente sob o reinado <strong>de</strong> Cristo, ao ponto<br />

<strong>de</strong> encher céu e terra. Há muita força nesta personificação, na qual<br />

os céus, como se eles se compenetrassem da justiça <strong>de</strong> Deus, é como<br />

se passassem a falar <strong>de</strong>la. É igualmente provável, não obstante, que<br />

os céus signifiquem aqui os anjos que permeiam o céu, pelo uso <strong>de</strong><br />

metonímia ou sinédoque; enquanto que, na sentença correspon<strong>de</strong>nte,<br />

em vez <strong>de</strong> mencionar a terra, ele fala dos povos que a habitam. Com<br />

muita proprieda<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> dizer dos anjos como que anunciando e<br />

celebrando a glória divina.<br />

7. Confundidos sejam todos os que servem às imagens <strong>de</strong> escultura.<br />

O salmista esboça uma ampla distinção aqui, como fez no Salmo<br />

seguinte a este, entre o verda<strong>de</strong>iro Deus e os falsos <strong>de</strong>uses que os homens<br />

engendram para si. Ele faz isso para que o louvor que <strong>de</strong>screvera<br />

não fosse celebrado a ninguém mais além do verda<strong>de</strong>iro Deus. Todos<br />

4 “Ou, idoles.” – v.f.m. “Ou, ídolos.” A palavra original aqui é

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!