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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 97 • 549<br />

Seus relâmpagos iluminam o mundo; a terra verá e tremerá. Os montes se<br />

<strong>de</strong>rretem como cera na presença <strong>de</strong> Jehovah, na presença do Senhor <strong>de</strong><br />

toda a terra.<br />

1. Jehovah reina. Seu convite para que os homens se regozijem<br />

é uma prova <strong>de</strong> que o domínio <strong>de</strong> Deus está inseparavelmente<br />

conectado com a salvação e a mais plena felicida<strong>de</strong> da humanida<strong>de</strong>.<br />

E a alegria <strong>de</strong> que ele fala como sendo comum ao mundo inteiro e<br />

às regiões além-mar, é evi<strong>de</strong>nte que ele está fazendo uma previsão<br />

do alargamento do reino <strong>de</strong> Deus, o qual estivera confinado <strong>de</strong>ntro<br />

das tacanhas fronteiras da Judéia, a uma extensão muito mais ampla.<br />

O salmista, ao enunciar os vários <strong>de</strong>talhes da glória divina nos<br />

quatro versículos que seguem, seu intuito era imprimir em todos<br />

os homens um reverente temor por Deus. Assim ele nos fornece<br />

uma representação da tremenda majesta<strong>de</strong> inerente <strong>de</strong> Deus, para<br />

golpear e humilhar a vã confiança e a soberba carnal. Um céu carregado<br />

<strong>de</strong> nuvens nos intimida mais do que um céu límpido, como<br />

as trevas produzem sobre os sentidos um efeito peculiar. O salmista<br />

faz uso <strong>de</strong>ste símbolo, sem dúvida, com o intuito <strong>de</strong> imprimir no<br />

mundo uma reverência mais profunda por Deus. Outros espiritualizam<br />

<strong>de</strong>mais as palavras, crendo que as nuvens envolvem a Deus<br />

com o propósito <strong>de</strong> refrear a impaciência e presunção humanas<br />

e restringir a excessiva curiosida<strong>de</strong> que se intromete além do necessário<br />

nos mistérios da Deida<strong>de</strong>. Esta é uma interpretação das<br />

palavras que as faz comunicar uma lição muito útil. Quanto a mim,<br />

porém, sou contra todas as traduções que espiritualizam <strong>de</strong>mais,<br />

e creio que o salmista tinha a intenção <strong>de</strong> associar as trevas com<br />

Deus para imprimir nos corações humanos o temor <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong> um<br />

modo geral. 3 O mesmo significado se sobressai no contexto restante,<br />

quando lemos que o fogo vai adiante <strong>de</strong>le e queixa seus inimigos;<br />

seus relâmpagos abalam a terra; e os montes vêm abaixo. Seja qual<br />

3 “Que le Prophete a voulu par ce regard obscur <strong>de</strong> Dieu, toucher au vif les cœurs <strong>de</strong>s hommes,<br />

afin qu’ils tremblent.” – v.f.

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