31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 95 • 533<br />

retêm o significado genuíno: Deus lutou com eles no curso contínuo<br />

da controvérsia. Essa era uma prova memorável <strong>de</strong> sua extrema<br />

obstinação; e Deus é introduzido no versículo como pronunciando<br />

formalmente juízo sobre eles, para notificar que, havendo <strong>de</strong>monstrado<br />

sua impieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira tão diversificada, não podia haver<br />

dúvida quanto a sua enfatuação. Errando no coração é uma expressão<br />

intencional, não para atenuar sua conduta, mas para estigmatizá-la<br />

com insensatez e <strong>de</strong>mência, como se dissesse que estava lidando com<br />

feras selvagens, e não com homens dotados com senso e inteligência.<br />

A razão anexa é que não atentavam para as muitas obras <strong>de</strong> Deus<br />

manifestadas ante seus olhos e, pior ainda, não atentavam para sua<br />

própria Palavra; pois o termo hebraico ird, <strong>de</strong>rech, o qual traduzi por<br />

caminhos, compreen<strong>de</strong> sua lei e reiteradas admoestações, tanto quanto<br />

por seus milagres realizados diante <strong>de</strong>les. Era uma <strong>de</strong>monstração<br />

<strong>de</strong> espantosa enfatuação o fato <strong>de</strong> que, quando Deus se con<strong>de</strong>scendia<br />

em habitar <strong>de</strong> maneira familiar no meio <strong>de</strong>les, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> exibir-se a si<br />

mesmo <strong>de</strong> forma tão clara, tanto através da Palavra quanto através <strong>de</strong><br />

suas obras, o que faziam era fechar seus olhos e ignorar tudo quanto<br />

ele fazia. Eis a razão por que o salmista, consi<strong>de</strong>rando que se <strong>de</strong>sviavam<br />

pela vereda do erro em meio à luz e aos privilégios, fala <strong>de</strong> sua<br />

estupi<strong>de</strong>z como equivalente a <strong>de</strong>mência.<br />

11. Por isso jurei em minha ira. Não vejo objeção alguma <strong>de</strong> ser<br />

o relativo r?a, asher, entendido em seu sentido próprio e ser lido:<br />

A quem eu tenho jurado. A versão grega, tomando-o por um sinal <strong>de</strong><br />

similitu<strong>de</strong>, traz a redação: como tenho jurado. Eu, porém, penso que<br />

ele po<strong>de</strong>ria ser consi<strong>de</strong>rado propriamente como a expressar uma<br />

inferência ou conclusão; não como se fossem então, por fim, privados<br />

da herança prometida quando tentaram a Deus; mas o salmista, havendo<br />

falado em nome <strong>de</strong> Deus daquela obstinação que ostentavam,<br />

aproveita a oportunida<strong>de</strong> para extrair a inferência <strong>de</strong> que havia boa<br />

mariamente a um navio que se aproxima da praia, ou, como diríamos, encalhado. Ele correspon<strong>de</strong><br />

ao hebraico קוט קו ‏,מאס etc.” Stuart sobre Hebreus 3.10.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!