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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 91 • 461<br />

o meu Deus; e nele esperarei. Seguramente ele te livrará dos laços do passarinheiro,<br />

e da pestilência perniciosa. Ele te protegerá com suas asas, e<br />

sob suas penas estarás seguro; sua verda<strong>de</strong> será teu escudo e teu broquel.<br />

1. Aquele que habita no lugar secreto do Altíssimo permanecerá<br />

à sombra do Onipotente. Alguns intérpretes hebreus lêem os três<br />

primeiros versículos como uma sentença contínua, mudando a or<strong>de</strong>m<br />

das palavras: ele te livrará dos laços do passarinheiro. Tudo mais corre<br />

assim: “Aquele que habita no escon<strong>de</strong>rijo do Altíssimo, e permanece<br />

sob sua sombra, então dirá a Jehovah que ele é sua esperança e <strong>de</strong>fesa<br />

e o Deus em quem ele po<strong>de</strong> seguramente <strong>de</strong>scansar, porque ele o<br />

livrará dos laços” etc. Esta é evi<strong>de</strong>ntemente uma construção forçada<br />

imposta aos versículos, e a razão pela qual tem levado alguns a adotá-<br />

-la é débil e insuficiente. Consi<strong>de</strong>ram que o primeiro versículo repete<br />

a mesma coisa duas vezes, e portanto não comunica o significado<br />

próprio. Mas tal coisa não passa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> equívoco; pois o autor inspirado<br />

do Salmo, quem quer que tenha sido ele, expressa duas idéias<br />

completamente distintas, a saber: que aquele que se encontra escondido<br />

sob a proteção divina ocupa uma posição segura e <strong>de</strong>finida, on<strong>de</strong><br />

nenhuma arma hostil po<strong>de</strong> alcançá-lo. Ou o versículo po<strong>de</strong> ser lido assim:<br />

Aquele que tem Deus como o guardião <strong>de</strong> sua segurança <strong>de</strong>scansará<br />

sob a sombra <strong>de</strong> Deus; ainda a segunda frase reteria um significado enfático,<br />

pois o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus seria contrastado com aquela frágil <strong>de</strong>fesa<br />

que o homem é capaz <strong>de</strong> oferecer. Os que também habitam no lugar secreto<br />

<strong>de</strong> Deus são aqui apresentados pelo salmista como a habitarem<br />

sob sua sombra, no sentido em que experimentam uma abundante<br />

extensão <strong>de</strong> sua proteção. Os homens geralmente buscam uma gran<strong>de</strong><br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> escon<strong>de</strong>rijos, recorrendo uns aos outros, segundo as<br />

diferentes calamida<strong>de</strong>s que os ameacem prejudicar; mas aqui somos<br />

ensinados que a única fortaleza segura e inexpugnável a que po<strong>de</strong>mos<br />

recorrer é a proteção <strong>de</strong> Deus. Ele contrasta a segurança daqueles que<br />

confiam em Deus com a vaida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>mais tipos <strong>de</strong> confiança<br />

por meio dos quais estamos prontos a iludir-nos.

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