31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 89 • 403<br />

algo provindo das mãos <strong>de</strong> Deus. Ele é chamado servo <strong>de</strong> Deus em<br />

relação à dignida<strong>de</strong> régia, à qual ele não havia se lançado precipitadamente,<br />

senão que foi investido por Deus com o governo, e tendo-o<br />

empreendido em obediência a sua legítima vocação. Quando, porém,<br />

consi<strong>de</strong>ramos qual é o sumário do pacto, concluímos que o profeta<br />

não a aplicou impropriamente e em seu próprio benefício, mas em<br />

benefício <strong>de</strong> todo o povo; pois Deus não fez um pacto com Davi individualmente,<br />

senão que tinha sua atenção voltada para todo o corpo da<br />

Igreja, a qual existiria <strong>de</strong> geração em geração. A frase, estabelecerei<br />

teu servo para sempre, em parte <strong>de</strong>ve ser entendido como uma referência<br />

a Salomão, e o restante como uma referência aos sucessores <strong>de</strong><br />

Davi; o profeta, porém, bem sabia que a perpétua ou eterna duração,<br />

no sentido estrito e próprio, só podia ser verificada em Cristo. Ao or<strong>de</strong>nar<br />

um homem para ser rei, Deus certamente não leva em conta<br />

uma única casa, embora ignorasse e negligenciasse o povo com quem<br />

anteriormente fizera seu pacto na pessoa <strong>de</strong> Abraão; mas conferiu o<br />

po<strong>de</strong>r soberano a Davi e a seus filhos, para que pu<strong>de</strong>ssem governar<br />

em prol do bem comum <strong>de</strong> todo o resto, até que o trono pu<strong>de</strong>sse ser<br />

realmente estabelecido com o advento <strong>de</strong> Cristo.<br />

[vv. 5-8]<br />

E os céus louvarão tuas obras maravilhosas, ó Jehovah, e também a verda<strong>de</strong><br />

6 na congregação dos santos. Pois quem nas nuvens [ou no céu] po<strong>de</strong><br />

ser comparado a Jehovah? Quem entre os filhos dos <strong>de</strong>uses 7 se assemelha<br />

6 “...e tua verda<strong>de</strong>. Le Clerc crê que a palavra homens, aqui, precisa ser inserida, e os homens<br />

tua verda<strong>de</strong>; em cujo caso a congregação dos santos terá seu significado próprio – uma assembléia<br />

dos piedosos sobre a terra; e o salmista assim <strong>de</strong>screve os anjos e os homens louvando a<br />

Deus.” – Cresswell.<br />

7 “Literalmente, quem é ele entre os filhos <strong>de</strong> Alim (ou <strong>de</strong> Deuses, como no Sl 29.1), isto é, segundo<br />

Suicer, o po<strong>de</strong>roso, o príncipe da terra. Ale, no singular, é usado para significar Deus em Deuteronômio<br />

32.17; Jó 3.4, 23 (e em outros lugares <strong>de</strong>sse livro); Daniel 11.38; Habacuque 3.3. Mas é duvidoso se seu<br />

plural, Alim, signifique sempre, como se dá com Aleim, o verda<strong>de</strong>iro Deus. Temos, contudo, os filhos<br />

<strong>de</strong> Aleim em vez <strong>de</strong> os homens principais, em Gênesis 6.2, e em vez <strong>de</strong> anjos em Jó 1.6; cujo sentido<br />

alguns comentaristas têm entendido como os filhos <strong>de</strong> Alim tanto aqui quanto no Salmo 29.1, e com<br />

eles concordam os intérpretes cal<strong>de</strong>us nesse caso. Em Habacuque 1.11, Ale é usado ao falar do falso<br />

<strong>de</strong>us dos cal<strong>de</strong>us; e Parkhurst é <strong>de</strong> opinião que, por os filhos <strong>de</strong> Alim, estão implícitos aqueles reis que<br />

adoravam divinda<strong>de</strong>s materiais, tais como o sol.” – Cresswell.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!