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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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382 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

como que subsistindo entre a Jerusalém terrena – a qual, sendo escrava,<br />

gera filhos também em escravidão –, e a Jerusalém celestial,<br />

que gera filhos livres pela instrumentalida<strong>de</strong> do evangelho.<br />

Na segunda parte do versículo há expressos a estabilida<strong>de</strong> e<br />

o caráter duradouro <strong>de</strong> Sião. Costuma ocorrer que, em proporção<br />

com a rapi<strong>de</strong>z com que as cida<strong>de</strong>s surgem com uma eminência distinta<br />

está a brevida<strong>de</strong> da continuação <strong>de</strong> sua prosperida<strong>de</strong>. Para<br />

que não se conclua que a prosperida<strong>de</strong> da Igreja seja <strong>de</strong> uma natureza<br />

perecível e transitória, <strong>de</strong>clara-se que o próprio Altíssimo a<br />

estabelecerá. Não surpreen<strong>de</strong>, por assim dizer, encontrar outras cida<strong>de</strong>s<br />

abaladas e <strong>de</strong> tempo em tempo sujeitas a enorme varieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vicissitu<strong>de</strong>s; porquanto elas são rodopiadas com o mundo em<br />

suas revoluções e não possuem <strong>de</strong>fensores perenes. Dá-se, porém,<br />

precisamente o reverso com respeito à nova Jerusalém, a qual, estando<br />

fundada no po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus, continuará para sempre quando o<br />

céu e a terra caírem em ruínas.<br />

6. O Senhor recordará quando registrar os povos. O significado<br />

tem por base que Sião adquirirá um renome tal, ao ponto <strong>de</strong><br />

excitar todos os homens com a mais profunda solicitu<strong>de</strong>, querendo<br />

ser admitidos ao número e dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus cidadãos. É uma<br />

condição sublimemente honrosa a expressa aqui, cuja linguagem<br />

implicando que, quando Deus fizer o senso do povo sobre o qual<br />

ele graciosamente se dignará conferir a mais elevada honra, os<br />

registrará como pertencentes a Sião, e não a Babilônia ou a quaisquer<br />

outras cida<strong>de</strong>s; porque pertencer ao povo comum entre os<br />

cidadãos <strong>de</strong> Sião será uma distinção maior que ser investido com<br />

a mais elevada posição em qualquer outro lugar. Somos, ao mesmo<br />

tempo, instruídos que, sermos ligados a uma súbita elevação do<br />

estado <strong>de</strong> alienação a uma honra tão sublime, se <strong>de</strong>ve ao favor<br />

<strong>de</strong> Deus. Os que são escravos <strong>de</strong> Satanás e do pecado seguramente<br />

jamais po<strong>de</strong>rão obter, por seus próprios esforços, o direito <strong>de</strong><br />

cidadania na Jerusalém celestial. É uma obra peculiar do Senhor<br />

dividir o povo em suas respectivas categorias, distinguindo uns

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