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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 86 • 361<br />

[vv. 8-11]<br />

Não há entre os <strong>de</strong>uses nenhum semelhante a ti, ó Senhor; nem há obras<br />

como as que operas. Todas as nações que fizeste virão e adorarão diante<br />

<strong>de</strong> tua face, ó Senhor, e darão glória a teu nome. Porque tu és gran<strong>de</strong>, e<br />

somente tu, ó Deus, fazes coisas maravilhosas. Mostra-me teus caminhos,<br />

ó Jehovah, e andarei em tua verda<strong>de</strong>; unifica meu coração para temer teu<br />

nome.<br />

8. Não há entre os <strong>de</strong>uses nenhum semelhante a ti, ó Senhor!<br />

Aqui o salmista po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado ou a irromper-se em ação <strong>de</strong><br />

graças, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver obtido o que <strong>de</strong>sejava, ou ainda a reunir coragem<br />

e nova energia para a oração. Sou mais inclinado a adotar a<br />

última opinião; mas talvez seja preferível consi<strong>de</strong>rar ambos os pontos<br />

<strong>de</strong> vista como estando inclusos. Há quem enten<strong>de</strong> a palavra , Elohim,<br />

como a <strong>de</strong>notar anjos – Não há entre os anjos nenhum semelhante a ti,<br />

ó Senhor! –, como se Davi os comparasse ao Deus Altíssimo. Mas isso<br />

não parece harmonizar-se muito bem com a passagem. Seu intuito não<br />

é humilhar os anjos, representando-os como <strong>de</strong>uses inferiores, dando<br />

assim lugar ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus. Ele, porém, teima em <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhar e ridicularizar<br />

todos os falsos <strong>de</strong>uses em quem o mundo pagão imaginava<br />

encontrar algum tipo <strong>de</strong> auxílio. 8 E ele faz isso porque não podiam fornecer<br />

nenhuma evidência, através <strong>de</strong> suas obras, <strong>de</strong> que realmente<br />

eram <strong>de</strong>uses. Houvera ele distribuído entre eles e o verda<strong>de</strong>iro Deus,<br />

em graus diferentes, o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> operar, <strong>de</strong>signando menos aos primeiros<br />

e mais ao último, ele não teria atribuído a Deus aquilo que é<br />

natural e exclusivamente seu. Portanto, ele afirma, sem qualificação,<br />

que nenhuma característica da Deida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser percebida neles,<br />

nem indicar alguma obra operada por eles. Ao convocar-nos para que<br />

consi<strong>de</strong>remos as obras, ele claramente mostra que aqueles que se en-<br />

8 “Entre os <strong>de</strong>uses, ou, seja, entre os <strong>de</strong>uses dos gentios, tais como Baal, Baal-zebub, Dagon,<br />

Astarete, Camos, Micom, Nisroque e, especialmente, como pensa R. Kimchi, os corpos celestes,<br />

o sol e as estrelas. Alguns comentaristas supõem que po<strong>de</strong> significar entre os anjos, ou entre os<br />

príncipes. Contudo há boa razão para se pôr em dúvida, como faz Parkhurst, se a palavra Alaim<br />

positivamente sempre significa príncipes, juízes ou magistrados; e a passagem [Jz 13.22], citada<br />

por Bustorf, para mostrar que às vezes significa um anjo, apenas prova que Manoá pretendia dizer<br />

que tinha visto a Deus na pessoa <strong>de</strong> seu anjo. Cf. Salmo 89.7; 96.5.” – .

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