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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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332 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

4. Bem-aventurados são os que habitam em tua casa. Aqui o<br />

salmista expressa mais distintamente o uso próprio e legítimo do santuário;<br />

e assim ele se distingue dos hipócritas que pertinazmente atentam<br />

para a observância das cerimônias externas, porém <strong>de</strong>stituem o coração<br />

da genuína santida<strong>de</strong>. Davi, ao contrário disso, testifica que os verda<strong>de</strong>iros<br />

adoradores <strong>de</strong> Deus lhe oferecem sacrifício <strong>de</strong> louvor, o qual jamais<br />

é dissociado da fé. Nenhum ser humano jamais louvará a Deus com sincerida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> coração, a menos que, <strong>de</strong>positando sua confiança na divina<br />

graça, o mesmo seja participante da paz e alegria espirituais.<br />

[vv. 5-7]<br />

Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, os caminhos estão em seu<br />

coração. Passando pelo vale das lágrimas, 9 fará <strong>de</strong>le uma fonte; 10 a chuva<br />

também cobrirá as cisternas [ou reservatórios]. 11 Irão <strong>de</strong> força em força; 12<br />

o Deus dos <strong>de</strong>uses será visto em Sião.<br />

9 “Ou, du meurier.” v.f.m. “Ou, das amoreiras.”<br />

10 “Fontem ponent.” – v.l. “La ren<strong>de</strong>nt semblable à une fontaine.” – v.f.<br />

11 “Tanques ou reservatórios <strong>de</strong> água, bem como poços, são comuns nos <strong>de</strong>sertos orientais. Os últimos<br />

são supridos por fontes, os primeiros, pelas chuvas, como se nota aqui. Ambos, porém, <strong>de</strong>vem ser<br />

encontrados em número consi<strong>de</strong>rável na Judéia, e são, segundo Rauwolff, mais numerosos nesses países<br />

do que as fontes que ficam mais altas, ou, seja, do que as fontes e os ribeiros <strong>de</strong> água corrente. Alguns<br />

<strong>de</strong>sses têm sido construídos para uso das pessoas que habitam na vizinhança, alguns viajantes e especialmente<br />

os que viajam movidos por <strong>de</strong>voção; por exemplo, os peregrinos que vão a Meca. O salmista parece<br />

referir-se a provisões <strong>de</strong>sse tipo, feitas pelos israelitas <strong>de</strong>votos em seu caminho para Jerusalém.” – Mant.<br />

Esta última frase tem sido traduzido <strong>de</strong> diversas maneiras. Tem sido entendida por todas as versões<br />

num sentido diferente daquele que lhe foi dado por Calvino e nossa versão inglesa, a qual concorda<br />

com ele. A Septuaginta traz: “O legislador comunicará bênçãos.” Dr. Adam Clarke: “Sim, o instrutor está<br />

coberto <strong>de</strong> [ou vestido com] bênçãos.” Diz ele ainda: “Deus cuida em dar a seus seguidores mestres<br />

segundo seu próprio coração, que os alimentará com reconhecimento; e enquanto estão dando <strong>de</strong><br />

beber ao povo, a eles mesmos lhes é dado <strong>de</strong> beber.” Mudge traduz: “Até mesmo Moré é suprido com<br />

lagos.” Ele traduz os versículos 5-7 assim: “Quão feliz é o homem cuja força está em ti! que viaja pelas<br />

estradas com seus corações. No vale <strong>de</strong> Baca ele faz uma fonte; até mesmo Moré é vestido com lagos.<br />

Anda <strong>de</strong> força em força; ele comparece diante <strong>de</strong> Deus em Sião.” Sua nota sobre estes versículos é<br />

assim: “Junto o último final do versículo 5 à primeira palavra do 6 (assim faz a LXX <strong>de</strong> forma direta, e o<br />

sentido parece exigir assim), com uma leve alteração para wrbu; a mudança <strong>de</strong> número, tenho observado<br />

com freqüência, não <strong>de</strong>ve ser levada em conta. ‘Quão feliz é o homem que se sente revigorado por<br />

ti; que viaja pelas estradas que conduzem a Jerusalém, com plena disposição <strong>de</strong> coração! Ele vai pelo<br />

caminho <strong>de</strong> Baca tão cheio <strong>de</strong> ânimo como que consolado por uma fonte <strong>de</strong> águas; e Moré, como que<br />

cheio <strong>de</strong> <strong>de</strong>liciosos lagos.’ (Dois lugares <strong>de</strong>solados, suponho, através dos quais a estrada percorre.)<br />

‘Seu prazer aumenta enquanto anda; comparece diante <strong>de</strong> Deus em Sião’.”<br />

12 “Ou, <strong>de</strong> troupe en troupe.” – v.f.m. “Ou, <strong>de</strong> companhia em companhia.”

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