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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 82 • 307<br />

como um meio <strong>de</strong> instigar-vos a executar com temor e tremor o ofício<br />

que vos foi confiado.” Este versículo po<strong>de</strong> também ser visto como sendo<br />

dirigido por Deus mesmo aos governantes, e como a insinuar que,<br />

além <strong>de</strong> os revestir com autorida<strong>de</strong>, ele lhes conce<strong>de</strong>u seu nome. Esta<br />

interpretação parece concordar com a linguagem <strong>de</strong> Cristo em João<br />

10.34, on<strong>de</strong> ele fala dos que são chamados <strong>de</strong>uses a quem veio a palavra<br />

<strong>de</strong> Deus. A passagem, contudo, po<strong>de</strong> ser apropriadamente elucidada<br />

assim: Admito que sois <strong>de</strong>uses e filhos do Altíssimo. 7 Mas isso não altera<br />

materialmente o significado. O objetivo é simplesmente ensinar que a<br />

dignida<strong>de</strong> com que os juízes são investidos não po<strong>de</strong> tornar-se uma<br />

justificativa para se escaparem do castigo que sua perversida<strong>de</strong> merece.<br />

O governo do mundo lhes foi confiado com base no discernimento<br />

distinto <strong>de</strong> que eles mesmos também um dia terão <strong>de</strong> comparecer perante<br />

o tribunal do céu para o acerto <strong>de</strong> contas. A dignida<strong>de</strong>, pois, com<br />

que são revestidos é só temporariamente, e passará com a aparência<br />

do mundo. Por conseguinte, adiciona-se no versículo 7: Porém, morrereis<br />

como homens. Vós estais armados com po<strong>de</strong>r, como se quisesse<br />

dizer, para governar o mundo; porém, com isso não <strong>de</strong>ixastes <strong>de</strong> ser<br />

homens, no sentido <strong>de</strong> não mais estar<strong>de</strong>s sujeitos à mortalida<strong>de</strong>. A última<br />

sentença do versículo é traduzida por alguns expositores, assim:<br />

Caireis como um dos príncipes; 8 porém, em minha opinião, impropriamente.<br />

Enten<strong>de</strong>m que ela contém uma ameaça <strong>de</strong> morte violenta que<br />

recairia sobres esses juízes injustos, correspon<strong>de</strong>ndo ao sentimento<br />

<strong>de</strong>stas linhas <strong>de</strong> um poeta pagão:<br />

7 “Sois todos filhos do Altíssimo, uma expressão hebraica, significando os homens da mais elevada<br />

estirpe e po<strong>de</strong>r. Cf. <strong>Salmos</strong> 24.1; 89.7.” – Cresswell.<br />

8 Esta é a redação <strong>de</strong> mossa Bíblia inglesa, sobre a qual Secker observa: “Parece <strong>de</strong>snecessário<br />

dizer que esses príncipes cairão como um dos príncipes.” Ele pensa com Hare que a redação verda<strong>de</strong>ira<br />

não é

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