31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

280 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

cabeça, <strong>de</strong> bom grado admito que a frase tem uma referência particular<br />

ao rei que preservou a maior parte do povo <strong>de</strong> ser envolvida em<br />

total <strong>de</strong>struição. Aqui o profeta uma vez mais, ao buscar obter o favor<br />

divino, encontra seu argumento e esperança somente nos benefícios<br />

que Deus anteriormente lhes conferira. É como se ele quisesse dizer:<br />

“Senhor, visto que a ti pertence aperfeiçoar aquilo que começaste, preserva<br />

o rei que nos <strong>de</strong>ste!”<br />

No versículo 18, os fiéis, ao ouvi-los Deus, gratos se empenham<br />

em reconhecer sua bonda<strong>de</strong>, não só oferecendo-lhe um sacrifício <strong>de</strong><br />

louvor, mas também por toda sua vida. Invocar o nome <strong>de</strong> Deus é aqui<br />

no sentido <strong>de</strong> “a confissão dos lábios” [Os 14.3]; mas quando se diz:<br />

Não voltaremos as costas a ti, isso significa o uniforme e contínuo curso<br />

<strong>de</strong> toda a vida. Entretanto, o versículo po<strong>de</strong> ser assim interpretado:<br />

Ó Senhor, continuaremos em nossa obediência a ti, ainda quando nossas<br />

circunstâncias, até on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos perceber, seja sem esperança;<br />

nunca a agu<strong>de</strong>za <strong>de</strong> nossas calamida<strong>de</strong>s terá o efeito <strong>de</strong> levar-nos a<br />

apostatar <strong>de</strong> ti; e quando formos restaurados por tua graça e po<strong>de</strong>r,<br />

magnificaremos teu nome. Seria supérfluo fazer alguma observação<br />

adicional sobre o último versículo, o qual é reiterado pela terceira vez.<br />

lugar na Igreja, <strong>de</strong> modo que doravante “não virarão as costas para Deus”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!