31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Salmo 78 • 239<br />

em sua perversida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo que, por fim, seu clamor subiu ao<br />

céu; e o próprio peso do castigo <strong>de</strong>monstrou a natureza agravada<br />

da ofensa.<br />

Depois <strong>de</strong> dizer que Israel, a quem Deus tanto amara, se tornou<br />

uma abominação a seus olhos, acrescenta-se [v. 60] que foram privados<br />

da presença <strong>de</strong> Deus, a qual é a única fonte da genuína felicida<strong>de</strong><br />

e conforto em todos os tipos <strong>de</strong> calamida<strong>de</strong>s. Deus, pois, é <strong>de</strong>scrito<br />

como a sentir náusea por Israel, quando permitiu que a arca do concerto<br />

fosse levada para outro país, como se com isso ele quisesse indicar<br />

que ela partira da Judéia e <strong>de</strong>ra a<strong>de</strong>us ao povo. É <strong>de</strong>veras bastante<br />

óbvio que Deus não estava restringido pelo símbolo externo e visível;<br />

mas como havia dado a arca para que fosse um emblema ou sinal<br />

da estreita união que subsistia entre ele e os israelitas, ao <strong>de</strong>ixar que<br />

ela fosse levada, assim testificava que ele mesmo também se apartara<br />

<strong>de</strong>les. Silo fora por muito tempo a morada da arca e o lugar <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

ela foi capturada pelos filisteus [1Sm 4.11], passou a ser chamada a<br />

habitação ou o lugar da morada <strong>de</strong> Deus. A maneira <strong>de</strong> sua residência,<br />

em suma, é lindamente expressa na próxima sentença, on<strong>de</strong> Silo é <strong>de</strong>scrita<br />

como sua morada entre os homens. É verda<strong>de</strong> que Deus enche<br />

os céus e a terra; mas, como não po<strong>de</strong>mos alcançar aquela infinita<br />

altitu<strong>de</strong> à qual ele se acha exaltado, ao <strong>de</strong>scer entre nós pelo exercício<br />

<strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r e graça, ele chega bem perto <strong>de</strong> nós na medida que se<br />

faz necessário e segundo nossa tacanha capacida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> suportar. É<br />

um modo muito enfático <strong>de</strong> falar e apresentar Deus como em extremo<br />

encolerizado pela contínua perversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu povo, <strong>de</strong> modo que se<br />

vê constrangido a abandonar esse lugar, o único que escolhera para<br />

si sobre a terra.<br />

61. E entregou sua força ao cativeiro. Neste versículo persegue-se<br />

o mesmo tema. Declara-se que a força <strong>de</strong> Deus, pela qual os<br />

israelitas tinham sido protegidos e <strong>de</strong>fendidos, estava naquele tempo<br />

em cativeiro. Não que seu po<strong>de</strong>r só pu<strong>de</strong>sse ser exercido em conexão<br />

com o símbolo externo; mas em vez <strong>de</strong> opor-se a seus inimigos<br />

como fizera anteriormente, era agora sua vonta<strong>de</strong> que a graça pela

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!