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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 77 • 191<br />

as <strong>de</strong>mais [tribos]; porém o nome <strong>de</strong> José é expresso com o intuito<br />

<strong>de</strong> honrá-lo, por cuja instrumentalida<strong>de</strong> toda a raça <strong>de</strong> Abraão foi<br />

preservada em segurança. 17<br />

16. As águas te viram, ó Deus! Alguns dos milagres nos quais<br />

Deus exibira o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> seu braço são aqui brevemente reportados.<br />

Quando se diz que as águas viram a Deus, a linguagem é figurada, significando<br />

que foram removidas, por assim dizer, por um instinto e<br />

impulso secretos em obediência à or<strong>de</strong>m divina na abertura <strong>de</strong> uma<br />

passagem para o povo eleito. Nem o mar nem o Jordão teria alterado<br />

sua natureza, ao se abrirem, dando-lhes espontaneamente uma passagem,<br />

não tivessem ambos sentido sobre eles o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus. 18 Não<br />

significa que recuassem em função <strong>de</strong> algum juízo e raciocínio que<br />

porventura possuíssem, mas que, ao recuarem como fizeram, Deus<br />

mostrava que mesmo os elementos inanimados estão prontos a prestar-lhe<br />

obediência. Há aqui um contraste indireto com a intenção <strong>de</strong><br />

repreen<strong>de</strong>r a estupi<strong>de</strong>z dos homens caso não reconheçam na re<strong>de</strong>nção<br />

dos israelitas do Egito a presença da mão <strong>de</strong> Deus, a qual foi vista<br />

até mesmo pelas águas. O que se acrescenta acerca dos abismos sugere<br />

que não só a superfície das águas foram agitadas na presença <strong>de</strong> Deus,<br />

mas que seu po<strong>de</strong>r penetrou até mesmo os abismos mais profundos.<br />

17. As nuvens <strong>de</strong>rramaram águas. Como o substantivo

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