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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 76 • 163<br />

tinham razão <strong>de</strong> arrogar para si participação alguma no livramento<br />

da cida<strong>de</strong> aqui <strong>de</strong>scrito, havendo Deus extraordinariamente mostrado<br />

que toda a glória lhe pertence, manifestando do céu seu po<strong>de</strong>r ante<br />

os olhos <strong>de</strong> todos os homens; e, segundo, que ele se viu induzido a<br />

opor-se a seus inimigos não por outra razão, senão que foi movido por<br />

sua soberana escolha da nação judaica. Havendo Deus, por meio <strong>de</strong><br />

seu próprio exemplo, testificado que seu po<strong>de</strong>r é invencível na preservação<br />

<strong>de</strong> sua Igreja, chama e encoraja a todos os fiéis a repousarem<br />

confiadamente sob sua sombra. Sendo seu nome por si só precioso,<br />

ele é uma garantia e segurança não ordinárias a imbuir nossa fé quando<br />

nos assegura que sua vonta<strong>de</strong> consiste em que a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> seu<br />

po<strong>de</strong>r seja conhecida na preservação <strong>de</strong> sua Igreja. Além do mais, visto<br />

sua Igreja ser um eminente teatro no qual a divina glória se exibe,<br />

<strong>de</strong>vemos sempre tomar a maior cautela <strong>de</strong> não encobrir nem sepultar<br />

no olvido, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> nossa ingratidão, os benefícios que têm<br />

sido concedido a ela, especialmente aqueles que <strong>de</strong>vem ser mantidos<br />

em grata memória em todas as eras. Demais, embora Deus não seja<br />

agora cultuado no tabernáculo visível, todavia, visto que Cristo ainda<br />

habita em nosso meio, aliás, em nosso íntimo, indubitavelmente<br />

sempre lembraremos que fomos expostos aos perigos, e que sob sua<br />

proteção estamos em perfeita segurança. Se o santuário terreno <strong>de</strong><br />

Jerusalém oferecia ao antigo povo <strong>de</strong> Deus socorro enquanto estava<br />

<strong>de</strong> pé, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scansar certos <strong>de</strong> que ele não terá menos cuidado<br />

<strong>de</strong> nós, que vivemos precisamente nestes dias, quando consi<strong>de</strong>ramos<br />

que ele se dignou escolher-nos como seus templos nos quais pu<strong>de</strong>sse<br />

habitar por meio <strong>de</strong> seu Espírito Santo. Aqui o profeta, falando <strong>de</strong><br />

Jerusalém, meramente usa o nome Salém, que era o nome simples e<br />

não composto da cida<strong>de</strong>, e que lhe fora aplicado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antigüida<strong>de</strong>,<br />

como se comprova à luz <strong>de</strong> Gênesis 14.18. Há quem pensa que o nome,<br />

no curso do tempo, assumiu sua forma composta, sendo Jebus prefixado<br />

a Salém; pois Jebus era o nome pelo qual ela foi <strong>de</strong>pois conhecida<br />

no período interveniente, como apren<strong>de</strong>mos à luz do Livro dos Juízes<br />

[19.10], sendo assim chamada por ser habitada pelos jebuseus. Mas

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