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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 74 • 143<br />

exemplo não <strong>de</strong>ve limitar-se exclusivamente a uma época. Portanto, é<br />

com boas razões aplicado aos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes daquela antiga raça para<br />

que pu<strong>de</strong>ssem melhorá-lo como um meio <strong>de</strong> confirmar e estabelecer<br />

sua fé. O profeta aqui não relata todos os milagres que Deus operara<br />

na partida do povo da terra do Egito; mas, ao advertir alguns <strong>de</strong>les, ele<br />

envolve por meio <strong>de</strong> sinédoque tudo o que Moisés escreveu sobre eles<br />

<strong>de</strong> forma mais extensa. Ao dizer que o Leviatã foi dado aos israelitas<br />

para alimento, e isso ainda no <strong>de</strong>serto, 26 há uma bela alusão à <strong>de</strong>struição<br />

<strong>de</strong> Faraó e seu exército. É como se ele quisesse dizer que então<br />

uma abundante provisão <strong>de</strong> víveres foi provi<strong>de</strong>nciada para a nutrição<br />

do povo. Pois quando seus inimigos eram <strong>de</strong>struídos, a calma e segurança<br />

que o povo, conseqüentemente, <strong>de</strong>sfrutava servia, por assim<br />

dizer, <strong>de</strong> alimento para prolongar sua vida. Pelo termo o <strong>de</strong>serto não<br />

se quer dizer os países que viviam na costa marítima, ainda que fosse<br />

seca e árida, mas os <strong>de</strong>sertos que jaziam a uma gran<strong>de</strong> distância do<br />

mar. O mesmo sujeito está presente no versículo seguinte, on<strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>clara que a fonte foi fendida ou dividida, ou, seja, isso se <strong>de</strong>u quando<br />

Deus fez um fluxo <strong>de</strong> água jorrar da rocha para suprir as necessida<strong>de</strong>s<br />

do povo. 27 Finalmente acrescenta-se que po<strong>de</strong>rosos rios 28 se secaram,<br />

26 Calvino traduz: “teu povo no <strong>de</strong>serto.” Mas teu, no original, não existe em seu sentido literal,<br />

que é: “a um povo, àqueles do <strong>de</strong>serto.” Aqueles que adotam esta tradução não concordam quanto<br />

ao que está implícito na expressão. Há quem pensa significar as aves e os animais <strong>de</strong> rapina,<br />

que <strong>de</strong>voravam os corpos mortos <strong>de</strong> Faraó e o exército egípcio, quando espalhados pela costa do<br />

Mar Vermelho, lançados pelas marés. Veja-se Êxodo 14.30. Se porventura é esse o sentido, essas<br />

aves e animais <strong>de</strong> rapina são chamados “o povo do <strong>de</strong>serto”, como sendo seus principais habitantes.<br />

Que

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