31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

134 • <strong>Comentário</strong> dos <strong>Salmos</strong><br />

os cal<strong>de</strong>us, com total irresponsabilida<strong>de</strong>, fizeram com seus machados<br />

terrível <strong>de</strong>vastação neste esplêndido edifício, como se seu objetivo<br />

fosse pisar sob a planta <strong>de</strong> seus pés a glória <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>struindo tão<br />

magnificente estrutura. 12<br />

7. E lançaram fogo a teus santuários. O salmista agora se queixa<br />

<strong>de</strong> que o templo foi queimado e assim completamente arrasado e<br />

<strong>de</strong>molido pelos instrumentos <strong>de</strong> guerra. Muitos têm presumido que<br />

a or<strong>de</strong>m das palavras foi aqui invertida, 13 não conseguindo perceber<br />

como um significado a<strong>de</strong>quado se po<strong>de</strong>ria extrair <strong>de</strong>las, e portanto<br />

po<strong>de</strong>riam ser assim construídas: Puseram fogo em teus santuários. Entretanto,<br />

não tenho dúvida <strong>de</strong> que o sentido que tenho dado, embora<br />

o acento seja contra ela, é verda<strong>de</strong>iro e natural: Que o templo se nivelava<br />

ao solo totalmente calcinado. Este versículo corrobora mais<br />

plenamente a afirmação que eu já fiz, a saber: que o templo é chamado<br />

santuários no plural porque ele consistia <strong>de</strong> três partes: o santuário<br />

mais interior, o santuário intermédio e o átrio externo; pois daí se <strong>de</strong>duz<br />

imediatamente a expressão: O lugar <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong> teu nome. O<br />

nome <strong>de</strong> Deus é aqui empregado para ensinar-nos que sua essência<br />

não se limitava ao templo nem estava encerrada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le, mas que<br />

o habitava através <strong>de</strong> seu po<strong>de</strong>r e operação, para que o povo ali o invocasse<br />

com maior confiança.<br />

8. Disseram em seu coração: Destruamo-los todos ao mesmo<br />

tempo; queimaram todos os tabernáculos <strong>de</strong> Deus na terra. Para expressar<br />

mais energicamente a atroz cruelda<strong>de</strong> dos inimigos da Igreja,<br />

12 No Livro <strong>de</strong> Oração Comum da Inglaterra, o quinto e sexto versículos estão assim traduzidos:<br />

“Aquele que antes cortou das árvores grossas o ma<strong>de</strong>iramento é conhecido como quem preten<strong>de</strong><br />

realizar excelente obra. Agora, porém, <strong>de</strong>rrubaram daí toda obra esculpida com machados<br />

e martelos.” A paráfrase do Dr. Nicholls é assim expressa: “Sabe-se muito bem à luz dos registros<br />

sacros <strong>de</strong> nossa nação a que admirável beleza a habilidosa mão dos artífices trouxeram os cedros<br />

brutos que eram cortados pelos machados dos lenhadores <strong>de</strong> Hirão nas <strong>de</strong>nsas florestas <strong>de</strong> Tiro.<br />

Agora, porém, <strong>de</strong>moliram as esculturas raras que custaram tanto tempo e trabalho primoroso,<br />

com machados e martelos e outros instrumentos <strong>de</strong> ferro.” “Este é um sentido claro e consistente<br />

da passagem”, diz Mant, “e oferece um notável e bem imaginado contraste.”<br />

13 A or<strong>de</strong>m das palavras é esta: i?dqm ?ab wjl?, shilchu baesh mikdashecha, literialmente:<br />

“Eles têm enviado ao fogo teu santuário.”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!