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Comentário de Salmos - Vol 3

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 74 • 131<br />

e subenten<strong>de</strong> a Igreja em oração para que o Senhor erga seus pés e<br />

corra velozmente a esmagar seus inimigos. Outros a traduzem por<br />

martelos, 5 o que se a<strong>de</strong>qua muito bem. Eu, contudo, não hesito em<br />

seguir a opinião dos que consi<strong>de</strong>ram a referência como sendo ao ato<br />

<strong>de</strong> golpear, e que os pés estão em evidência. A última sentença do<br />

versículo é explicada por alguns no sentido em que o inimigo corrompera<br />

todas as coisas no santuário. 6 Como, porém, esta construção não<br />

será encontrada em parte alguma, não <strong>de</strong>vo apartar-me da redação<br />

aceita e aprovada.<br />

4. Teus adversários têm rugido no meio <strong>de</strong> teus santuários. Aqui<br />

o povo <strong>de</strong> Deus compara seus inimigos a leões [Am 3.8], com o fito <strong>de</strong><br />

realçar a cruelda<strong>de</strong> que exerciam inclusive nos próprios santuários <strong>de</strong><br />

Deus. 7 Nesta passagem <strong>de</strong>vemos enten<strong>de</strong>r que a indicação é ao templo<br />

<strong>de</strong> Jerusalém, em vez das sinagogas judaicas; nem é motivo <strong>de</strong> objeção<br />

a esta interpretação que o templo esteja aqui <strong>de</strong>nominado no plural,<br />

santuários, como amiú<strong>de</strong> se dá em outros lugares, sendo ele assim chapés,<br />

não lentamente nem furtivamente, mas com passos largos e magnificentes, à plena vista <strong>de</strong><br />

todos; vem a teu santuário, o qual há tanto tempo vem sofrendo <strong>de</strong>vastação; examina o que tem<br />

sido feito ali, e que tua graça e auxílio, até aqui tão furtivos, se estendam sobre nós.” – Gejer. Erguer<br />

os pés é um hebraísmo para “pôr-se alguém em movimento”; “sair em viagem”, como se po<strong>de</strong><br />

ver à luz <strong>de</strong> Gênesis 24.1, on<strong>de</strong> se diz <strong>de</strong> Jacó: “Ele ergueu seus pés e partiu para o país do oriente.”<br />

Erguer os pés é usado para ir, do mesmo modo que abrir a boca é para falar.<br />

5 “Há outra noção <strong>de</strong>

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