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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 68 • 625<br />

mos excluir <strong>de</strong> nossas mentes todas as coisas grosseiras e terrenas,<br />

em nossas concepções <strong>de</strong>le; mas <strong>de</strong>vemos, indubitavelmente, impregnar-nos<br />

principalmente com a idéia <strong>de</strong> seu imenso po<strong>de</strong>r, para<br />

produzir em nós uma justa reverência e fazer-nos sentir quão limitados<br />

todos os nossos louvores são diante <strong>de</strong> sua glória. Tentaríamos<br />

em vão englobar céu e terra; sua glória, porém, é infinitamente maior<br />

que ambos. Quanto à expressão que se segue, em Jah, seu nome,<br />

têm havido certas diferenças <strong>de</strong> opinião. A preposição hebraica,<br />

b, beth, po<strong>de</strong> ser, aqui, como às vezes o é, uma mera expletiva, e<br />

po<strong>de</strong>ríamos ler assim: Jah é seu nome. 9 Outros trazem, em Jah está<br />

seu nome 10 ; e não faço nenhuma objeção a isso, embora prefira a<br />

9 Esta é a tradução em todas as versões antigas, como a Septuaginta, a Caldaica, a Siríaca,<br />

a Vulgata etc. Muitos exemplos po<strong>de</strong>riam ser produzidos nos quais b é redundante; como, por<br />

exemplo, Êxodo 32.22 e Provérbios 3.26.<br />

10 Esta é a tradução formulada por Horsley, que aplica a passagem a Cristo; e sua crítica sobre<br />

ela é excelente. “Com uma consi<strong>de</strong>ração consistente”, diz ele, “inclino-me a tomar o texto como<br />

está, e traduzi-lo literalmente como o fez Jerônimo: “em Jah está seu nome”; isto é, seu nome, que<br />

está cavalgando pelos <strong>de</strong>sertos, está em Jehovah, aquele que existe por si mesmo. Aquele que<br />

conduziu os exércitos <strong>de</strong> Israel pelos <strong>de</strong>sertos, quando subiram do Egito, era Cristo. Aquele que<br />

finalmente trará os ju<strong>de</strong>us revoltados ao seio <strong>de</strong> sua Igreja, e, num sentido literal, trará a nação<br />

à sua antiga se<strong>de</strong>, é Cristo. Cristo, pois, está em foco aqui, sob a imagem <strong>de</strong> alguém que cavalga<br />

pelo <strong>de</strong>serto (“ascen<strong>de</strong>nti per <strong>de</strong>serta”, ), não sobre os céus, na dianteira dos cativos que<br />

regressam. “Seu nome está em Jah”: o nome <strong>de</strong> Cristo está em Jehovah.

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