31.10.2013 Views

Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Salmo 55 • 473<br />

enganadores têm peçonha em seus lábios, mas besuntada com mel.<br />

É bem notório quantas belas promessas e elogios Saul dirigiu a Davi<br />

com vistas a enredá-lo, e é possível conjeturar-se que as mesmas artes<br />

foram praticadas por seus palacianos. É uma provação especial que<br />

sofre o povo do Senhor, o qual se expõe a tais artifícios por parte dos<br />

homens astutos com o fim <strong>de</strong> seduzi-los à <strong>de</strong>struição. Aqui o Espírito<br />

Santo põe uma marca <strong>de</strong> reprovação sobre toda sutileza <strong>de</strong> tal gênero,<br />

e particularmente sobre as traiçoeiras lisonjas, exortando-nos a cultivar<br />

a simplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intenção.<br />

‏,יהבע hebraico, 22. Lança tua dádiva sobre Jehovah. O verbo<br />

yahab, significa dar, <strong>de</strong> modo que ‏,יהבע yehobcha, segundo as regras<br />

ordinárias <strong>de</strong> gramática, seria traduzido teu dar, ou tua dádiva. 29 A<br />

maioria dos intérpretes traduz por carga, mas não apresentam qualquer<br />

razão para tal tradução. O verbo ‏,יהב yahab, nunca <strong>de</strong>nota<br />

carregar, pôr carga, e não há prece<strong>de</strong>nte que po<strong>de</strong>ria justificar-nos em<br />

pressupor que o substantivo <strong>de</strong>duzido <strong>de</strong>le po<strong>de</strong> significar pôr carga.<br />

Evi<strong>de</strong>ntemente nos sentimos compelidos a inventar esse significado<br />

à luz da aspereza e aparente absurdo da tradução mais estrita: Lança<br />

tua dádiva sobre Jehovah. E admito que o sentimento que a frase expressa<br />

é pio, ou seja, que <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>svencilhar-nos diante <strong>de</strong> Deus<br />

<strong>de</strong> todas as preocupações e dificulda<strong>de</strong>s que nos oprimem. Não há<br />

outro método <strong>de</strong> aliviar nossas almas da ansieda<strong>de</strong>, senão repousando-nos<br />

sobre a providência do Senhor. Ao mesmo tempo, não encontra<br />

nenhum exemplo <strong>de</strong> tal tradução da palavra, e portanto me apego à<br />

tes, e das feridas que elas abrem. “Falarei punhais para ela.” – Hamlet.<br />

29 “O que <strong>de</strong>sejas te seja dado”, segundo a Caldaica, a qual traduz a palavra por tua esperança;<br />

isto é, aquilo que esperas receber. Na margem <strong>de</strong> nossas Bíblias Inglesas temos: tua dádiva, o<br />

que Williams explica como sendo “partilha”. “Lança tua partilha (ou porção) sobre o Senhor”, diz<br />

ele, “sobre o quê po<strong>de</strong>mos observar que toda partilha ou porção que recebemos <strong>de</strong> Deus, quer<br />

<strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> adversida<strong>de</strong>, é nosso <strong>de</strong>ver lançar <strong>de</strong> volta sobre ele: ‘Aquele que dá ao<br />

pobre empresta ao Senhor, e este lhe retribuirá’; ou se nossa sorte for adversa, ‘ele susterá’ sob<br />

toda carga, e ‘jamais <strong>de</strong>ixará o justo ser removido’ <strong>de</strong> seu fundamento.” É a forma como Rogers<br />

enten<strong>de</strong> a palavra. “Lança sobre Jehovah o que ele te outorgar; isto é, confia ao Senhor o teu <strong>de</strong>stino.<br />

Completa com אשר antes <strong>de</strong> ‏”יהבך – Book of Psams in Hebrew, vol. ii. p. 210. A Septuaginta traz<br />

a redação: μέριμνάν, teu cuidado; no quê é seguida pelo apóstolo Pedro (1Pe 5.5). A redação das<br />

versões Vulgata, da Siríaca, Etiópica e Arábica é a mesma.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!