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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 52 • 441<br />

<strong>de</strong> que experimentaria, no futuro, o que havia encontrado no passado;<br />

pois Deus não po<strong>de</strong> cansar-se <strong>de</strong> socorrer seu povo nem <strong>de</strong> aliviar suas<br />

misérias; e embora os <strong>de</strong>ixe cair repetidas vezes em aflição, está igualmente<br />

sempre pronto a esten<strong>de</strong>r-lhes o livramento <strong>de</strong> que necessitam.<br />

2. Tua língua ur<strong>de</strong> malefícios. Davi não <strong>de</strong>ve ser aqui consi<strong>de</strong>rado<br />

a <strong>de</strong>safogar uma aluvião <strong>de</strong> censuras contra seu adversário,<br />

como muitos dos que são injustamente injuriados costumam fazer,<br />

simplesmente para satisfazer um sentimento <strong>de</strong> vingança. Lança<br />

essas acusações contra ele na presença <strong>de</strong> Deus, com vistas a encorajar-se<br />

na corroboração <strong>de</strong> sua própria causa; pois é evi<strong>de</strong>nte que,<br />

quanto mais nossos inimigos se esforcem na prática da iniqüida<strong>de</strong>,<br />

na verda<strong>de</strong> proporcionalmente provocam a ira do Senhor e se chegam<br />

para mais perto daquela <strong>de</strong>struição que <strong>de</strong>verá produzir nosso<br />

livramento. Seu objetivo, pois, não era obscurecer o caráter <strong>de</strong> Doegue<br />

na estima do mundo, mas, antes, pôr diante <strong>de</strong> seus próprios<br />

olhos o castigo divino o qual as flagrantes ofensas que ele especifica<br />

atraíam sobre sua própria cabeça. Entre estas, ele realça, como a<br />

mais especialmente digna <strong>de</strong> reprovação, a secreta traição da qual<br />

se fizera culpado ao consumar a <strong>de</strong>struição do sacerdócio. Apontando<br />

para sua secreta e maliciosa informação, ele compara sua<br />

língua a uma navalha bem amolada, como alhures as línguas dos<br />

perversos são comparadas a “setas afiadas” [Sl 120.4]. Adiciona-se,<br />

agindo fraudulentamente, palavras estas que são por alguns consi<strong>de</strong>radas<br />

como se referindo à navalha que corta sutilmente, não à<br />

moda da espada que abre visivelmente uma ferida; mas talvez possam<br />

ser construídas com mais proprieda<strong>de</strong>, aplicando-se à língua, 2<br />

embora não possa haver dúvida do propósito da comparação.<br />

2 De acordo com o primeiro sentido, o significado consiste em que, como uma navalha corta<br />

com tanta facilida<strong>de</strong>, que a ferida, à primeira vista, é dificilmente perceptível, da mesma forma que<br />

a língua fraudulenta opera seus propósitos <strong>de</strong> prejudicar antes que os objetos que ela preten<strong>de</strong><br />

arruinar tenham consciência <strong>de</strong> seu perigo. É como uma navalha bem afiada que corta a garganta<br />

antes mesmo que a pessoa se aperceba. “Contudo, se tomarmos as palavras, tu ages fraudulentamente,<br />

como sendo <strong>de</strong>scritivas não da navalha, mas da língua, o sentido será que tal língua é capaz<br />

<strong>de</strong> causar profundas e terríveis feridas como uma navalha bem amolada.” – Walford.

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