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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 51 • 435<br />

a oferecer súplicas pela Igreja coletiva <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>ver este que po<strong>de</strong>ria<br />

ter sentido ser mais uma incumbência sua em <strong>de</strong>corrência da<br />

circunstância <strong>de</strong> ter ele feito com que ela viesse à total ruína. Erguido<br />

ao trono, e originalmente ungido rei com o exato propósito <strong>de</strong><br />

nutrir a Igreja <strong>de</strong> Deus, ele, com sua <strong>de</strong>sditosa conduta, quase efetuara<br />

sua <strong>de</strong>struição. Embora responsável por tal culpa, ele agora ora<br />

para que Deus a restaurasse no exercício <strong>de</strong> sua gratuita mercê. Ele<br />

não faz menção da justiça <strong>de</strong> outros, mas <strong>de</strong>posita seu pedido inteiramente<br />

no beneplácito divino, notificando que a Igreja, quando<br />

em algum período sofresse qualquer <strong>de</strong>rrocada, que atribuísse sua<br />

restauração unicamente à graça <strong>de</strong> Deus. Jerusalém já havia sido<br />

construída, mas Davi ora para que Deus a construísse ainda mais,<br />

pois sabia que ela caíra um pouco antes <strong>de</strong> ser completada, mas lhe<br />

faltava o templo, on<strong>de</strong> havia prometido estabelecer a Arca <strong>de</strong> seu<br />

Concerto, bem como o palácio real. Desta passagem apren<strong>de</strong>mos<br />

que a edificação da Igreja é obra <strong>de</strong> Deus. “Seu fundamento”, diz o<br />

salmista alhures, “está nos montes santos” [Sl 87.1]. Não <strong>de</strong>vemos<br />

imaginar que Davi se refere simplesmente à Igreja como estrutura<br />

material, mas consi<strong>de</strong>rá-lo como tendo seus olhos fixos no templo<br />

espiritual, o qual não po<strong>de</strong> ser erguido pela habilida<strong>de</strong> ou indústria<br />

humana. É <strong>de</strong> fato verda<strong>de</strong> que os homens não fazem progresso<br />

mesmo na construção <strong>de</strong> muros materiais, a menos que seu labor<br />

receba a bênção do alto; mas a Igreja é num sentido peculiar o edifício<br />

<strong>de</strong> Deus, que a tem fundado sobre a terra no exercício <strong>de</strong> seu<br />

portentoso po<strong>de</strong>r, e que a enaltecerá acima do próprio céu.<br />

havia contemplado para o culto divino (2Sm 7.1 e segs.), fossem completados durante seu reinado.<br />

Isso só foi efetuado sob o reinado <strong>de</strong> seu filho Salomão (1Rs 3.1). A oração, pois, no versículo<br />

18, po<strong>de</strong> ter uma referência particular ao acabamento <strong>de</strong>sses edifícios, especialmente à edificação<br />

do templo, em que sacrifícios <strong>de</strong> inexcedível magnitu<strong>de</strong> seriam oferecidos. Os temores <strong>de</strong> Davi<br />

po<strong>de</strong>riam facilmente sugerir-lhe que seus crimes po<strong>de</strong>riam impedir a edificação do templo, o qual<br />

Deus havia prometido que seria erigido (2Sm 7.13). “O rei não esquece”, observa o bispo Horne,<br />

“<strong>de</strong> pedir misericórdia por seu povo, como pediu por si mesmo; para que nem ele mesmo, nem<br />

seus pecados, impedissem que a construção e o florescimento da Jerusalém terrena, ou, o que<br />

era infinitamente da maior importância, a bênção do Messias prometido, que faria <strong>de</strong>scer com<br />

consigo a Nova Jerusalém com seus muros já edificados.”

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