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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 50<br />

Sempre hipócritas na Igreja, pessoas que têm posto a religião<br />

na mera posição <strong>de</strong> observâncias <strong>de</strong> cerimônias externas; e entre os<br />

ju<strong>de</strong>us houve muitos que voltaram sua atenção inteiramente para as<br />

figuras da lei sem levar em conta a verda<strong>de</strong> que era representada pelas<br />

mesmas. Imaginavam que nada mais se exigia <strong>de</strong>les além <strong>de</strong> seus<br />

sacrifícios e outros ritos. O Salmo em questão se ocupa <strong>de</strong> repreensão<br />

<strong>de</strong>sse erro grosseiro, e o profeta expõe em termos severos a <strong>de</strong>sonra<br />

que é lançada ao nome <strong>de</strong> Deus ao confundirem cerimônia com<br />

religião, <strong>de</strong>monstrando que o culto divino é <strong>de</strong> caráter espiritual e<br />

consiste <strong>de</strong> duas partes: oração e ações <strong>de</strong> graças.<br />

Cântico <strong>de</strong> Asafe. 1<br />

O profeta realça a ingratidão <strong>de</strong> tais pessoas visando à nossa<br />

reprovação, provando que são indignas da honra da qual foram investidas,<br />

e aviltando-as pelo <strong>de</strong>generado uso <strong>de</strong>ste mundo. Aprendamos à<br />

1 A preposição ל , lamed, prefixada ao nome <strong>de</strong> Asafe, a qual Calvino traduz <strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ria também<br />

traduzir-se para, como já observamos previamente, e portanto é um tanto duvidoso se ele foi o<br />

autor dos <strong>Salmos</strong> em cujo cabeçalho seu nome aparece, ou se foram meramente entregues a ele<br />

por Davi para que fossem entoados no culto do templo. Nós, contudo, sabemos, à luz <strong>de</strong> 2 Crônicas<br />

29.30, que um vi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> nome Asafe, filho <strong>de</strong> Baraquias, o qual, juntamente com seus filhos,<br />

foram <strong>de</strong>signados cantores nos serviços sacros do templo (1Cr 6.31, 39; 15.19; 25.1, 2; Ne 12.46)<br />

foi o escritor inspirado <strong>de</strong> vários <strong>Salmos</strong>. É portanto provável que fosse o autor dos <strong>Salmos</strong> que<br />

levam seu nome. São doze ao todo, o 50 e os <strong>de</strong> 73 a 83, inclusive ambos. Há quem nutre a idéia <strong>de</strong><br />

que esses <strong>Salmos</strong> diferem mui notavelmente, tanto em estilo quanto o assunto, daqueles <strong>de</strong> Davi,<br />

sendo a composição mais <strong>de</strong>nsa e obscura do que as o<strong>de</strong>s polidas, fluentes e graciosas do suave<br />

cantor <strong>de</strong> Israel, e sendo o tema <strong>de</strong> um caráter melancólico e saturado <strong>de</strong> repreensão.

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