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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 49 • 371<br />

próprio nome, insinua-se que a fama dos ímpios não passa <strong>de</strong> um som<br />

sem conteúdo. Há intérpretes que preferem traduzir: Eles têm chamado<br />

suas terras por seus próprios nomes, 15 com o fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixarem algum<br />

monumento propriamente seu para a posterida<strong>de</strong>. Mas parece que a<br />

principal ênfase do salmista consiste em que se acham totalmente voltados<br />

para a fama terrena.<br />

12. E o homem não permanecerá em honra. Havendo exposto a vã<br />

e ilusória natureza das fantasias entretidas pelos ímpios, o salmista agora<br />

mostra que, por mais entusiasticamente se apreciem, terão que experimentar<br />

o mesmo <strong>de</strong>stino que têm os animais do campo. É verda<strong>de</strong> que<br />

há uma gran<strong>de</strong> diferença, no tocante à alma, entre o homem e a criação<br />

irracional; o salmista, porém, fala <strong>de</strong> coisas com são vistas neste mundo,<br />

e neste aspecto ele estava certo em dizer dos ímpios que morrem da<br />

mesma forma que os animais. Seu tema não lhe permite falar do mundo<br />

por vir. Ele está pon<strong>de</strong>rando com os filhos <strong>de</strong>ste mundo, os quais não<br />

pensam em outro e não vêem uma felicida<strong>de</strong> além daquela que <strong>de</strong>sfrutam<br />

aqui. Por conseguinte, ele ridiculariza a estultícia <strong>de</strong>les em pensar em si<br />

mesmos como privilegiados como que isentos da sorte comum do gênero<br />

humano, e os adverte dizendo que a morte logo surgirá em cena para<br />

humilhar seus presunçosos pensamentos e a lançá-los no mesmo nível<br />

com as mais ignóbeis das criaturas mais inferiores. Prefiro esta à mais<br />

engenhosa interpretação que alguns aplicam às palavras, dizendo que se<br />

reduziram ao nível dos irracionais em não reconhecer a verda<strong>de</strong>ira dignida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua natureza, a qual consiste na posse <strong>de</strong> uma alma imortal. O<br />

gran<strong>de</strong> alvo do salmista é <strong>de</strong>monstrar a vaida<strong>de</strong> da vanglória dos ímpios<br />

diante da proximida<strong>de</strong> da morte, a qual os põe num único e comum <strong>de</strong>stino<br />

com os animais do campo. A última palavra do versículo apresenta<br />

a razão por que os ímpios po<strong>de</strong>r ser comparados aos irracionais – eles<br />

‏,אשר perecem. É <strong>de</strong> pouca importância se consi<strong>de</strong>ramos ou não o relativo<br />

asher, como subentendido, que perecem.<br />

15 Alguns também lêem o versículo assim: “Sua sepultura é sua casa para sempre, sua habitação<br />

por todas as gerações, ainda que seus nomes sejam celebrados nos países.”

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