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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 48 • 353<br />

também <strong>de</strong>duzir a provável advertência, ou seja, se o socorro divino<br />

nos for subtraído, é porque não pusemos nossa confiança em suas<br />

promessas e, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> nossa impaciência, sua graça foi<br />

impedida <strong>de</strong> fluir sobre nós, a qual é liberada àqueles que esperam<br />

pacientemente. Todavia, o que se preten<strong>de</strong> com a expressão no meio<br />

do povo? Significa o povo <strong>de</strong> Deus manteve sua fé só naquele lugar, e<br />

que cada um <strong>de</strong>les cessou <strong>de</strong> esperar tão logo voltou para sua própria<br />

habitação? Não, ao contrário, indubitavelmente levaram consigo a esperança<br />

que haviam nutrido no templo, a saber, que podiam continuar<br />

imperturbavelmente a ficar nela. Deus, porém, havendo prometido<br />

que este lugar, no qual seria invocado, seria a se<strong>de</strong> e a habitação <strong>de</strong><br />

seu po<strong>de</strong>r e graça, seu povo aqui afirma que, confiando nesta promessa<br />

celestial, estavam persuadidos sem a menor dúvida <strong>de</strong> que Deus<br />

se mostraria misericordioso e gracioso para com eles, uma vez que<br />

tinham um real e seguro penhor <strong>de</strong> sua presença. Não <strong>de</strong>vemos conceber<br />

que Deus será nosso libertador simplesmente porque nossa<br />

própria fantasia sugere. É preciso crer que ele fará isso só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

ele graciosa e espontaneamente se nos oferecer neste caráter. Ora, se<br />

este símbolo ou penhor da presença divina, que não passou <strong>de</strong> uma<br />

sombra, teria exercido tal influência nas mentes dos verda<strong>de</strong>iros crentes<br />

que viveram sob a antiga dispensação, como a levá-los a esperar<br />

pela vida em meio à morte, seguramente ao <strong>de</strong>scer Deus agora entre<br />

nós, unindo-nos muito mais estreitamente a seu Pai, temos base suficiente<br />

para continuar num estado <strong>de</strong> imperturbável tranqüilida<strong>de</strong>,<br />

ainda que o mundo se enre<strong>de</strong> em confusão e vire <strong>de</strong> ponta cabeça.<br />

Nossa única luta é para que o culto divino viceje puro e íntegro entre<br />

nós, e que assim a glória <strong>de</strong> seu templo resplan<strong>de</strong>ça em nosso meio.<br />

10. Como é o teu nome, ó Deus, assim é o teu louvor. Há quem<br />

conecte este versículo com a cláusula prece<strong>de</strong>nte, como se fosse dito:<br />

Senhor, não é <strong>de</strong>bal<strong>de</strong> que nos tenhas imposto o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> celebrar<br />

teu nome; pois ao mesmo tempo nos forneceste a razão do louvor. E<br />

assim o sentido será: o nome <strong>de</strong> Deus é magnificado e enaltecido com<br />

um propósito, ou para que juntamente com suas promessas seu po<strong>de</strong>r

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