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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 45<br />

Neste Salmo, a graça e a beleza <strong>de</strong> Salomão, suas virtu<strong>de</strong>s em governar<br />

o reino, bem como seu po<strong>de</strong>r e riquezas, são ilustrados e <strong>de</strong>scritos em<br />

termos <strong>de</strong> elevado enaltecimento. Mais especialmente, visto que tomara<br />

por esposa uma estrangeira do Egito, a bênção <strong>de</strong> Deus lhe é prometida<br />

nesta relação, contanto que a noiva recém-<strong>de</strong>sposada, sendo <strong>de</strong>spedida<br />

<strong>de</strong> sua própria nação e renunciando todos os laços com ela, se <strong>de</strong>votasse<br />

totalmente a seu esposo. Ao mesmo tempo, não po<strong>de</strong> haver dúvida <strong>de</strong><br />

que, sob esta figura, a majesta<strong>de</strong>, riqueza e extensão do reino <strong>de</strong> Cristo<br />

são atribuídas e ilustradas em termos apropriados, com o fim ensinar aos<br />

fiéis que não há felicida<strong>de</strong> maior e mais <strong>de</strong>sejável do que viver sob o reino<br />

<strong>de</strong>ste rei e sujeitar-se ao seu governo.<br />

Ao mestre <strong>de</strong> música sobre os lírios; dos filhos <strong>de</strong> Coré; para instrução;<br />

cântico <strong>de</strong> amores.<br />

É bem notório que este Salmo foi composto concernente a Salomão;<br />

mas é incerto que fosse ele seu autor. Em minha opinião, é provável que<br />

algum outro dos profetas ou dos santos mestres (se <strong>de</strong>pois da morte <strong>de</strong><br />

Salomão ou enquanto este ainda vivia, não é <strong>de</strong> nenhuma importância<br />

saber) tomou este como o tema <strong>de</strong> seu discurso, com o propósito <strong>de</strong><br />

mostrar que toda e qualquer excelência que foi vista em Salomão teve<br />

uma aplicação mais elevada. Este Salmo se chama um cântico <strong>de</strong> amores,<br />

não, como se supõe, porque ilustra o amor paternal <strong>de</strong> Deus, em razão<br />

dos benefícios que ele conferira <strong>de</strong> uma forma tão distinta a Salomão,

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