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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 37 • 149<br />

suas traições ao enganar os bons mediante frau<strong>de</strong> e <strong>de</strong>cepção; e<br />

que, em contrapartida, os filhos <strong>de</strong> Deus são enaltecidos por sua<br />

bonda<strong>de</strong> ao estarem sempre dispostos a aliviar as carências <strong>de</strong><br />

seus irmãos mais pobres. O profeta, antes, enaltece, por um lado,<br />

a bênção divina para com os santos; e <strong>de</strong>clara, por outro lado, que<br />

os ímpios nunca têm o suficiente. O significado, pois, consiste em<br />

que Deus trata prodigamente a seu próprio povo, para que o mesmo<br />

tenha como socorrer a outros; mas que os ímpios são sempre<br />

carentes, <strong>de</strong> modo que sua pobreza os leva a se valerem da frau<strong>de</strong> e<br />

da rapina. E não fôssemos cegados pela insensibilida<strong>de</strong> e indiferença,<br />

não <strong>de</strong>ixaríamos <strong>de</strong> perceber as muitas provas disto, as quais<br />

são diariamente apresentadas aos nossos olhos. Quanto maior é<br />

a abundância dos ímpios, embora sua cobiça seja tão insaciável<br />

que, como ladrões, se lançam à direita e à esquerda, e no entanto<br />

nunca conseguem pagar; 25 enquanto Deus mune a seu próprio povo<br />

com suficiência não só para suprir suas necessida<strong>de</strong>s pessoais e<br />

ordinárias, mas também o capacita a ajudar outros. Na verda<strong>de</strong> não<br />

nego que os ímpios sejam reprovados por perdulária extravagância,<br />

pela qual <strong>de</strong>fraudam seus credores daquilo que lhes é <strong>de</strong>vido,<br />

e também que os justos sejam louvados por se aplicarem a um uso<br />

correto da liberalida<strong>de</strong> divina; mas o <strong>de</strong>sígnio do profeta é mostrar<br />

que o elevado valor da bênção divina. Isto é confirmado pelo<br />

versículo seguinte, no qual ele ilustra a diferença resultante da bênção<br />

e da maldição divinas. Se se pergunta então <strong>de</strong> que forma os<br />

filhos <strong>de</strong> Deus po<strong>de</strong>m aliviar as carências dos necessitados e exercer<br />

liberalida<strong>de</strong> em favor <strong>de</strong>les, e por que é que os ímpios estão<br />

continuamente a contrair dívidas das quais são impotentes para<br />

se <strong>de</strong>svencilhar, Davi respon<strong>de</strong> que os primeiros são os abençoados<br />

do Senhor, e que os últimos são conduzidos a completa ruína<br />

‏,מברכיו mediante a maldição divina. Há quem explique a palavra<br />

25 “Comme escumeurs <strong>de</strong> mer sans jamais avoir <strong>de</strong> quoy satisfarire.” – v.f. “Como piratas, sem<br />

nunca terem conta para pagar.”

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