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Comentário de Salmos - Vol. 2

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

O salmista confirma a sentença precedente, demonstrando a grandeza de Deus à luz do maravilhoso caráter de suas obras. Ele não fala da essência secreta e misteriosa de Deus que enche céu e terra, mas das manifestações de seu poder, sabedoria, bondade e justiça, que são claramente exibidos, embora sejam tão vastos para que nosso tacanho entendimento os apreenda. À luz deste fato aprendemos que a glória de Deus está bem perto de nós, e que ele tão franca e claramente se desvendou, que não podemos com razão pretender qualquer justificativa para a ignorância. Aliás, ele opera tão maravilhosamente, que até mesmo as nações pagãs são indesculpáveis por sua cegueira. - João Calvino - Salmo 77.14.

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Salmo 36 • 119<br />

[vv. 5-9]<br />

Tua misericórdia, ó Jehovah, chega até aos céus e tua verda<strong>de</strong> até às nuvens.<br />

Tua justiça é como as montanhas <strong>de</strong> Deus; 4 teus juízos são como um<br />

abismo profundo. 5 Tu preservas, ó Jehovah, o homem e o animal. Ó Deus,<br />

quão excelente 6 é tua benignida<strong>de</strong>! Portanto, os filhos dos homens confiarão<br />

na sombra <strong>de</strong> tuas asas. Eles se fartarão sobejamente com a gordura<br />

<strong>de</strong> tua casa; e tu os farás beber do rio <strong>de</strong> teus <strong>de</strong>leites. Pois contigo 7 está o<br />

manancial <strong>de</strong> vida; e em tua luz 8 veremos a luz.<br />

5. Tua misericórdia, ó Jehovah, chega até aos céus. Há comentaristas<br />

que pensam que Davi, após ter <strong>de</strong>scrito a gran<strong>de</strong> corrupção e<br />

<strong>de</strong>pravação que por toda parte eram prevalecentes no mundo, aproveita<br />

então o ensejo para enaltecer em sublimes louvores a prodigiosa paciência<br />

<strong>de</strong> Deus em não cessar <strong>de</strong> manifestar seu favor e beneplácito para<br />

com os homens, ainda quando se acham mergulhados na iniqüida<strong>de</strong> e<br />

no crime. Quanto a mim, porém, como já observei, <strong>de</strong>fendo uma opinião<br />

um pouco diferenciada. Após falar da abissal <strong>de</strong>pravação dos homens,<br />

o profeta, temendo que fosse afetado por ela, ou <strong>de</strong> ser arrastado pelo<br />

exemplo dos ímpios, como por um dilúvio, afasta-se do assunto e toma<br />

fôlego refletindo sobre um tema diferente. Comumente suce<strong>de</strong> que, ao<br />

con<strong>de</strong>narmos os ímpios, o contágio <strong>de</strong> sua malícia se insinua em nossa<br />

mente quando não somos conscientes <strong>de</strong>la; e raramente há um em<br />

cem que, após queixar-se da malícia <strong>de</strong> alguém, se conserva na genuína<br />

pieda<strong>de</strong>, puro e impoluto. O significado, pois, é este: Embora divisarmos<br />

entre os homens uma dolorosa e espantosa confusão, a qual, como um<br />

profundo abismo, po<strong>de</strong>ria sorver a mente dos santos, Davi, não obstante,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a tese <strong>de</strong> que o mundo está cheio da bonda<strong>de</strong> e da justiça <strong>de</strong><br />

4 Na versão francesa temos: “Comme hautes motagnes”; – “como as altas montanhas”; e na margem<br />

Calvino afirma que no hebraico temos: “Montagnes <strong>de</strong> Dieu”; – “Montanhas <strong>de</strong> Deus.” Os hebreus costumavam<br />

<strong>de</strong>screver coisas eminentes, como observa Calvino em sua exposição do versículo, adicionando-lhes<br />

o nome <strong>de</strong> Deus; como: “rio <strong>de</strong> Deus” (Sl 65.9); “monte <strong>de</strong> Deus” (Sl 68.15; “cedros <strong>de</strong> Deus” (Sl 80.10); “as<br />

árvores do Senhor” (Sl 114.16. “As montanhas <strong>de</strong> Deus”, portanto, significam aqui as montanhas mais altas.<br />

5 Lowth traduz: “Um amplo abismo.”<br />

6 Hebraico: quão precioso.<br />

7 “En toy.” – v.f. “Em ti.”<br />

8 “Par ta clarte.” – v.f. “Por tua luz.”

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