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Elasticidade é a propriedade da madeira sólida que a possibilita retornar a sua forma original, após a remoção da carga aplicada que causou um certa deformação. As propriedades elásticas são características de corpos sólidos, observadas somente quando a carga aplicada se situa abaixo do limite proporcional de elasticidade; acima deste limite ocorrerão deformações plásticas (irreversíveis), seguida pela ruptura do material onde se obtém o MOR (MULLER, 1980). As propriedades mecânicas da madeira são a expressão de seu comportamento quando submetidas à ação de forças externas. As propriedades mecânicas da madeira são fortemente influenciadas por fatores diversos, como idade da árvore, ângulo da grã, teor de umidade, temperatura, constituintes químicos, fadiga, apodrecimento, massa específica, constituição anatômica, duração da tensão e da deformação, radiação nuclear, falhas na madeira, presença de nós e outros defeitos (KOLLMANN e CÔTÉ, 1968). As propriedades relacionadas à resistência da madeira são: resistência à flexão que é também denominada módulo de ruptura, resistência à compressão, resistência à tração, cisalhamento, dureza, entre outras. Já as propriedades relacionadas com a elasticidade da madeira são: módulo de elasticidade, coeficiente de Poisson, plasticidade e resiliência (KOLLMANN e CÔTÉ, 1968). Segundo Klock (2000), embora o módulo de elasticidade não ofereça informações completas e reais sobre o comportamento de determinado material, pode-se concluir que valores altos de MOE indicam alta resistência e baixa capacidade de deformação do material, qualificando-o para fins estruturais. Na execução de ensaios mecânicos, um dos fatores limitantes é o elevado custo de compra e conservação dos equipamentos necessários para a sua realização. Embora a execução dos ensaios de compressão paralela às fibras e flexão estática seja uma atividade relativamente rápida, se gasta muito tempo e dinheiro no preparo de corpos-de-prova livres de defeitos e nas dimensões exigidas pelas normas (ANDRADE 2009). Berger et al. (2000) estudaram o efeito do espaçamento (3 x 2, 3 x 3 e 3 x 4m) e da adubação (400 e 800 Kg.ha -1 de NPK) sobre a Densidade Básica (DB), Módulo de Elasticidade (MOE) e Módulo de Ruptura (MOR) em uma população de um clone de Eucalyptus saligna , aos 10 anos de idade. Concluíram que os 31
fatores adubação e espaçamento tiveram efeitos significativos sobre a variável densidade básica, sendo que a maior dose de adubo e o maior espaçamento proporcionaram um aumento significativo dessa característica. Nos estudos de resistência à flexão estática, MOE e o MOR foram significativamente influenciados pelo espaçamento, adubação e posição da tora. A maior dose de adubo e o maior espaçamento proporcionaram os maiores valores médios de MOE e MOR, diferindo significativamente da menor dose de adubo (400 Kg.ha -1 ) e dos menores espaçamentos (3 x 2 e 3 x 3m). Haselein et al. (2002) afirmam existir uma estreita relação entre a massa especifica da madeira e as propriedades mecânicas, sendo que, desta forma, qualquer fator que acarrete alteração na primeira ira produzir efeitos nas ultimas. Segundo Lopes et al,. (2000), as árvores originarias de florestas maduras são formadas, quase que na sua totalidade, de madeira adulta, possuindo maior resistência mecânica que as obtidas de povoamentos jovens. A presença de células relativamente longas e paredes espessas e a maior proporção de lenho tardio conferem a madeira adulta maior massa especifica básica e, conseqüentemente, maiores propriedades mecânicas. As avaliações destrutivas são, em geral, os principais métodos utilizados para o conhecimento das propriedades físicas e mecânicas da madeira. A obtenção dos resultados a partir dessa metodologia é por vezes onerosa, em razão do tempo consumido com a confecção dos corpos-de-prova e custo de material. Por sua vez, as avaliações não-destrutivas permitem a obtenção de informações mais precisas e mais amplas, medindo-se um número maior de amostras, em função da rapidez dos testes (STANGERLIN et al., 2008). Uma intensificação no uso da madeira como matéria-prima para fins industriais ou construtivos só pode ocorrer a partir do conhecimento adequado de suas propriedades, sejam elas físicas ou mecânicas. A madeira, por ser um elemento orgânico heterogêneo e composto basicamente de hemicelulose, lignina, celulose e extrativos, apresenta uma enorme versatilidade de usos para obtenção de uma série de produtos (GONÇALVES, 2006). A qualidade da madeira se refere à sua capacidade para atender aos requisitos necessários para a fabricação de um produto, ou ainda, a combinação das características físicas, mecânicas, químicas e anatômicas de uma árvore que 32
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espaçamento proporcionaram os maiores valores médios <strong>de</strong> MOE e MOR,<br />
diferindo significativamente da menor dose <strong>de</strong> adubo (400 Kg.ha -1 ) e dos menores<br />
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Haselein et al. (2002) afirmam existir uma estreita relação entre a massa<br />
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qualquer fator que acarrete alteração na primeira ira produzir efeitos nas ultimas.<br />
Segundo Lopes et al,. (2000), as árvores originarias <strong>de</strong> florestas maduras<br />
são formadas, quase que na sua totalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira adulta, possuindo maior<br />
resistência mecânica que as obtidas <strong>de</strong> povoamentos jovens. A presença <strong>de</strong><br />
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Uma intensificação no uso da ma<strong>de</strong>ira como matéria-prima para fins<br />
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