Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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elacionando a <strong>de</strong>formação do material com os esforços sobre ele aplicados. O<br />
módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser medido <strong>em</strong> relação a vários tipos <strong>de</strong> esforços,<br />
compressão, tração, flexão, torção, <strong>em</strong> diferentes direções para materiais<br />
orientados como a ma<strong>de</strong>ira, com valores não necessariamente iguais para cada<br />
caso. O mais usual é o módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> <strong>em</strong> flexão, pois é o que t<strong>em</strong> um<br />
efeito mais visível e importante no comportamento <strong>de</strong> uma peça estrutural <strong>em</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira. A ma<strong>de</strong>ira apresenta um comportamento elástico quase perfeito até<br />
tensões relativamente elevadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> atuação seja curto, pois<br />
caso contrário começa a revelar-se um novo fenômeno que é o do<br />
comportamento visco-elástico, ao que se segue ainda o comportamento visco-<br />
plástico (SANTOS, 2007).<br />
O módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> (MOE) é obtido com a aplicação <strong>de</strong> uma carga<br />
com velocida<strong>de</strong> constante, sendo seu valor o limite <strong>em</strong> que a ma<strong>de</strong>ira volta ao<br />
seu estado normal quando a carga é retirada, s<strong>em</strong> que haja qualquer <strong>de</strong>formação<br />
permanente. O módulo <strong>de</strong> ruptura (MOR) é o valor a partir do ponto <strong>em</strong> que, após<br />
ser submetida a um valor extr<strong>em</strong>o <strong>de</strong> carga, a ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>forma e não volta ao<br />
seu estado original (FPL, 1999, citado por RIBEIRO, 2009).<br />
O Módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> expressa a carga necessária para disten<strong>de</strong>r um<br />
corpo <strong>de</strong> 1 cm² <strong>de</strong> área transversal, a uma distância igual ao seu próprio<br />
comprimento. Como é impossível disten<strong>de</strong>r a ma<strong>de</strong>ira nestas proporções, s<strong>em</strong><br />
que antes ela chegue à ruptura, o módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> é apenas um valor<br />
teórico, <strong>em</strong>pregado para facilitar cálculo estruturais e com gran<strong>de</strong> importância no<br />
uso racional da ma<strong>de</strong>ira (ANDRADE, 2009).<br />
Na teoria geral para o cálculo do MOE, Santos (2007) explica que, <strong>em</strong>bora<br />
o ensaio prático <strong>de</strong> flexão seja relativamente simples <strong>de</strong> realizar, já a explicação e<br />
a compreensão do que se passa realmente <strong>de</strong>ntro do material é bastante<br />
complexo, pois uma simples flexão cria um estado tridimensional <strong>de</strong> tensões,<br />
distribuídas por zonas, umas predominant<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> compressão, outras <strong>em</strong><br />
tração e ainda zonas sujeitas predominant<strong>em</strong>ente a tensões <strong>de</strong> ruptura. O módulo<br />
<strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> à flexão é <strong>de</strong>terminado pelo ensaio <strong>de</strong> flexão estática (assim<br />
chamado por ser realizado com pequenos acréscimos <strong>de</strong> carga). Registram-se ao<br />
longo do ensaio, <strong>em</strong> intervalos pequenos, os pares <strong>de</strong> valores correspon<strong>de</strong>ntes à<br />
carga aplicada e correspon<strong>de</strong>nte flecha. Ainda segundo o mesmo autor, uma<br />
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