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ou seja, da base para o topo, como no sentido radial da medula para a casca (BARRICHELLO et al., 1983). Para o material madeira, Durlo (1991) afirma que o valor obtido indica a quantidade aproximada de massa lenhosa ou, de modo inverso, o volume de espaços vazios existentes na madeira. No estudo da densidade o primeiro passo fundamental está relacionado com o conhecimento de sua variabilidade em função de fatores genéticos (gêneros, espécies, procedências, etc.), fatores do meio (clima, solo, topografia, etc.) e silviculturais (espaçamento, fertilização, idade de corte, desbaste, desrama, etc.). Para determinadas situações é importante o conhecimento da variação da densidade dentro da árvore (sentido longitudinal e radial), entre madeira juvenil e adulta, entre lenhos, entre cerne e alburno, etc (SHIMOYAMA e BARRICHELO, 1989). O estudo dessas variações é de grande importância em todas as áreas florestais, influenciando qualquer decisão a ser tomada, tanto na modificação de processos de produção de celulose, como em estratégias de melhoramento ou práticas silviculturais a serem aplicadas (SHIMOYAMA e BARRICHELO, 1989). Segundo Durlo (1991), as variações da massa especifica se devem as diferenças na estrutura anatômica da madeira e na quantidade de substâncias extrativas presentes por unidade de volume, em função principalmente, da idade da árvore, genótipo, qualidade e índice de sitio, clima, localização geográfica e tratos silviculturais. Embora o conceito de qualidade possa ser difícil de explicar, vários fatores influenciam a adequação da madeira para diversos propósitos. Esses fatores incluem massa específica, uniformidade de anéis de crescimento, percentagem de cerne e alburno, comprimento da fibra, inclinação de grã, percentagem de vasos em folhosas, presença de madeira juvenil e de reação, além da composição celular, presença de nós, orientação da grã e composição química (CHIES, 2005). Dentre os parâmetros empregados na avaliação da qualidade da madeira, a massa específica tem merecido atenção especial como decorrência de sua íntima relação com algumas importantes características tecnológicas e econômicas. Entre elas, pode-se citar a alteração dimensional, resistência 21
mecânica das peças, produção e qualidade da polpa, produção e qualidade do carvão vegetal; bem como os custos operacionais ligados ao transporte e armazenamento da madeira (CASTELO, 2007). Na caracterização da madeira, a determinação de sua densidade e principalmente de sua variação dentro da árvore, tanto na direção radial, da medula para a casca, quanto no sentido base-topo, é fundamental como subsídio ao entendimento de sua qualidade (OLIVEIRA et al., 2005). As variações da densidade dependem das mudanças na proporção dos vasos e das espessuras das paredes celulares das fibras. O aumento da densidade pode ser o resultado do aumento da espessura da parede celular das fibras ou de um aumento na proporção das fibras em relação, por exemplo, à proporção de vasos. De maneira inversa, um aumento na proporção de vasos, com ou sem decréscimo na espessura da parede celular, leva à redução na densidade (OLIVEIRA e SILVA, 2003). A precisão da avaliação da densidade em tempo real pode ser um desafio para gerentes de qualidade das indústrias madeireiras que necessitam segregar os troncos em produtos de diferentes classes baseados na densidade. Variáveis como idade, posição e altura dentro do tronco foram usadas no passado com subsídios para medidas precisas de densidade (ACUNA, 2006). Segundo Shimoyama (1990), a densidade é uma quantificação direta do material lenhoso por unidade de volume, estando relacionada a muitas propriedades e características tecnológicas fundamentais para a produção e utilização dos produtos florestais, um dos parâmetros mais importantes entre as diversas propriedades físicas da madeira, pois afeta todas as demais propriedades desta. Seus efeitos, porém, são interativos e difíceis de serem avaliados isoladamente. A maioria dos caracteres tecnológicos ainda não tem sido considerada em programas de melhoramento genético, excetuando a densidade básica. Esse caráter tem importância fundamental, uma vez que é determinante para adequar o uso da madeira para as diferentes finalidades, motivo pelo qual vêm sendo submetido ao melhoramento genético em muitos programas (SANTOS et al., 2003). 22
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mecânica das peças, produção e qualida<strong>de</strong> da polpa, produção e qualida<strong>de</strong> do<br />
carvão vegetal; b<strong>em</strong> como os custos operacionais ligados ao transporte e<br />
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Na caracterização da ma<strong>de</strong>ira, a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e<br />
principalmente <strong>de</strong> sua variação <strong>de</strong>ntro da árvore, tanto na direção radial, da<br />
medula para a casca, quanto no sentido base-topo, é fundamental como subsídio<br />
ao entendimento <strong>de</strong> sua qualida<strong>de</strong> (OLIVEIRA et al., 2005).<br />
As variações da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pend<strong>em</strong> das mudanças na proporção dos<br />
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subsídios para medidas precisas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (ACUNA, 2006).<br />
Segundo Shimoyama (1990), a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> é uma quantificação direta do<br />
material lenhoso por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> volume, estando relacionada a muitas<br />
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avaliados isoladamente.<br />
A maioria dos caracteres tecnológicos ainda não t<strong>em</strong> sido consi<strong>de</strong>rada <strong>em</strong><br />
programas <strong>de</strong> melhoramento genético, excetuando a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> básica. Esse<br />
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uso da ma<strong>de</strong>ira para as diferentes finalida<strong>de</strong>s, motivo pelo qual vêm sendo<br />
submetido ao melhoramento genético <strong>em</strong> muitos programas (SANTOS et al.,<br />
2003).<br />
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