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Sódio (Na2SiO3) e Cloreto de Cálcio (CaCl2) em compósitos produzidos com madeira e outros materiais lignocelulósicos. SEMPLE e EVANS (2000) testaram o uso de 137 aditivos químicos na produção de compósitos com cimento e madeira Acácia mangium, sendo a maioria composta por cloretos e nitratos, sulfatos, óxidos, acetatos, carbonatos, fluoretos, etc., incluindo SnCl4, AlCl3, (NH4)2Ce(NO3)6 e FeCl3. Os autores notaram que todos estes aditivos aceleraram a hidratação do cimento e foram mais efetivos que o CaCl2, em função dos cátions Sn uaram 4+ , Al 3+ , Fe 3+ ,Mg 2+ , Ba 2+ , Ni 2+ e Sr 2+ , que at significativamente sobre as substâncias fenólicas presentes no cerne da madeira. Neste estudo, em função da essência florestal que foi utilizada na produção dos compósitos, o CaCl2, ficou em 11ª colocação. 2.6 BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO SIMPLES PARA ALVENARIA De acordo com sua finalidade e comportamento esperado, o concreto pode possuir características própr ias, podendo ser classificados em dois grupos distintos, denominados concretos plásticos e concretos secos. Os concretos plásticos são assim denominados por formarem depois de misturados e homogeneizados, uma massa facilmente adensável. Esta característica permite q ue estes concretos sejam transportados e lançados até os locais que serão aplicados. N a produção de elementos através de vibro-compressão utilizam-se os concretos secos. Concretos Secos Na França e no México o sulfato de alumínio e o silicato de sódio são utilizados em nível industrial, conforme BIRAULT (1989) e SOLÓRZANO (1989) apud LATORRACA (2000). O concreto seco é utilizado na produção de uma série de artefatos de concreto, inc luindo os blocos, é assim chamado porque sua mistura deve possuir um 57

teor de umidade (relação água/cimento) até o limite em que os blocos comecem a perder a coesão e aderir às paredes dos moldes. Isto faz com que estes concretos possuam consistência, medida pelo abatimento do tronco de cone (Slump Test) igual à zero, e há a necessidade de que a retirada do ar aprisionado seja feito por máquinas que conferem compacidade a mistura (DANTAS FILHO, 2004). deve se situar entre 6% a 8%, de forma a possibilitar uma moldagem sem excesso ou falta de água. com concretos secos, pois a consistência desse tipo de concreto se assemelha ao da terra úmida, diferindo daquele normalmente utilizado em estruturas, de consistência água. Conforme FERREIRA JÚNIOR (1985) o adensamento do concreto pode ser feito por equipamentos hidráulicos, pneumáticos ou manuais e segundo FRASSON JÚNIOR (2000) a umidade de moldagem das misturas, caracterizada pela Lei de Lyse 1 , TANGO (1994) lembra algumas precauções devem ser verificadas ao tratar plástica. Neste último, a pasta ocupa praticamente todos os espaços vazios intergranulares deixados pelos agregados, enquanto que no concreto para blocos existe a presença significativa de ar aprisionado em seu interior. Dessa forma, o concreto para blocos não segue rigorosamente a Lei de Abrams 2 , consagrada para os concretos plásticos, em que a resistência é aumentada com menores proporções possíveis de Conforme TANGO (1994) existe uma umidade ótima na qual se consegue obter misturas com melhor compacidade, muito semelhante ao que ocorre na compactação de solos, entretanto, existe uma quantidade limite de umidade, acima da qual não é possível a produção das peças, por dificuldade de desforma por aderência aos moldes ou perda do formato adequado após desforma. Estas diferenças fazem com que os métodos de dosagem sejam também distintos e, o que vale para os concretos plásticos nem sempre pode ser utilizado como regra para os concretos secos. ____________________________________________________ 1 Lei de Lyse: “A quantidade de água a ser empregada em um concreto com determinado grupo de materiais, para obter-se uma dada trabalhabilidade, é praticamente constante e independe do traço deste concreto”. Na prática, para um dado grupo de materiais, existe uma relação água/materiais secos constante para obter-se uma dada trabalhabilidade. 2 Lei de Abrams: Lei segundo a qual a resistência do material se relaciona diretamente com a relação água/cimento. 58

teor <strong>de</strong> umida<strong>de</strong><br />

(relação água/cimento) até o limite <strong>em</strong> que os blocos comec<strong>em</strong> a<br />

per<strong>de</strong>r a coesão e a<strong>de</strong>rir às pare<strong>de</strong>s dos mol<strong>de</strong>s.<br />

Isto faz com que estes concretos<br />

possuam<br />

consistência, medida pelo abatimento do tronco <strong>de</strong> cone (Slump Test) igual à<br />

zero, e há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a retirada do ar aprisionado seja<br />

feito por máquinas<br />

que<br />

confer<strong>em</strong> compacida<strong>de</strong> a mistura (DANTAS FILHO, 2004).<br />

<strong>de</strong>ve se situar entre 6% a 8%, <strong>de</strong> forma a possibilitar uma moldag<strong>em</strong> s<strong>em</strong> excesso ou<br />

falta <strong>de</strong> água.<br />

com concretos secos,<br />

pois a consistência <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> concreto se ass<strong>em</strong>elha ao da<br />

terra úmida,<br />

diferindo daquele normalmente utilizado <strong>em</strong> estruturas, <strong>de</strong> consistência<br />

água.<br />

Conforme FERREIRA JÚNIOR (1985) o a<strong>de</strong>nsamento do concreto po<strong>de</strong> ser<br />

feito por equipamentos hidráulicos, pneumáticos ou manuais e segundo FRASSON<br />

JÚNIOR (2000) a umida<strong>de</strong> <strong>de</strong> moldag<strong>em</strong> das misturas, caracterizada pela Lei <strong>de</strong> Lyse 1 ,<br />

TANGO (1994) l<strong>em</strong>bra algumas precauções <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser verificadas ao tratar<br />

plástica. Neste último, a pasta ocupa praticamente todos os espaços vazios<br />

intergranulares <strong>de</strong>ixados pelos agregados, enquanto que no concreto para blocos existe<br />

a presença significativa <strong>de</strong> ar aprisionado <strong>em</strong> seu interior. Dessa forma, o concreto para<br />

blocos não segue rigorosamente a Lei <strong>de</strong> Abrams 2 , consagrada para os concretos<br />

plásticos, <strong>em</strong> que a<br />

resistência é aumentada com menores proporções possíveis <strong>de</strong><br />

Conforme TANGO (1994) existe uma umida<strong>de</strong> ótima na qual se consegue<br />

obter misturas com melhor compacida<strong>de</strong>, muito s<strong>em</strong>elhante ao que ocorre na<br />

compactação <strong>de</strong> solos, entretanto, existe uma quantida<strong>de</strong> limite <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, acima da<br />

qual não é possível a produção das peças, por dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sforma por a<strong>de</strong>rência<br />

aos mol<strong>de</strong>s ou perda do formato a<strong>de</strong>quado após <strong>de</strong>sforma.<br />

Estas diferenças faz<strong>em</strong> com que os métodos <strong>de</strong> dosag<strong>em</strong> sejam também<br />

distintos e, o que vale para os concretos plásticos n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre po<strong>de</strong> ser utilizado como<br />

regra para os concretos secos.<br />

____________________________________________________<br />

1<br />

Lei <strong>de</strong> Lyse: “A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água a ser <strong>em</strong>pregada <strong>em</strong> um concreto com <strong>de</strong>terminado grupo <strong>de</strong> materiais, para<br />

obter-se uma dada trabalhabilida<strong>de</strong>, é praticamente constante e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do traço <strong>de</strong>ste concreto”. Na prática, para<br />

um dado grupo <strong>de</strong> materiais, existe uma relação água/materiais secos constante para obter-se uma dada<br />

trabalhabilida<strong>de</strong>.<br />

2<br />

Lei <strong>de</strong> Abrams: Lei segundo a qual a resistência<br />

do material se relaciona diretamente com a relação água/cimento.<br />

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