Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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qualquer alteração traduz-se <strong>em</strong> d<strong>em</strong>andas significativas<br />
<strong>de</strong> energia e custos finais<br />
(AÏTCIN, 2000).<br />
O minério <strong>de</strong> ferro é fundido <strong>em</strong> alto-forno<br />
<strong>em</strong> t<strong>em</strong>peratura elevada (1500°C)<br />
juntamente com carvão (coque) e fun<strong>de</strong>nte (calcário). O carvão atua como combustível<br />
e como redutor, pois se associa ao oxigênio <strong>de</strong>sprendido do minério resultando o ferro<br />
líquido, que é chamado ferro gusa ou ferro <strong>de</strong> primeira fusão. O calcário e impurezas<br />
presentes nas matérias-primas como a sílica (SiO2), entre outros óxidos, formam a<br />
escória básica (CaO/SiO2 >1) que, por meio <strong>de</strong> resfriamento brusco granula-se,<br />
tornando-se a<strong>de</strong>quada à fabricação do cimento. (OLIVEIRA, 2000).<br />
O ferro gusa é a matéria-prima para a produção do aço e conforme ISAIA<br />
(2005) a produção brasileira <strong>em</strong> 2005 foi <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 35 milhões <strong>de</strong> toneladas. Destas<br />
operações, conforme OLIVEIRA (2000), para a produção <strong>de</strong> uma tonelada <strong>de</strong> ferro<br />
gusa, resulta na obtenção <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 300 kg <strong>de</strong> escória granulada <strong>de</strong> alto-forno, o que<br />
po<strong>de</strong> representar, com base nestes dados, na produção <strong>de</strong> 10,5 milhões <strong>de</strong> toneladas<br />
<strong>de</strong> escória <strong>de</strong> alto-forno para aquele ano.<br />
3<br />
A escória fundida apresenta massa específica muito baixa, cerca <strong>de</strong> 2,80<br />
g/cm , quando comparada ao ferro<br />
gusa, que está acima <strong>de</strong> 7,0 g/cm o que faz a<br />
escória <strong>de</strong>rretida flutuar sobre o ferro gusa<br />
<strong>em</strong> estado líquido, o que permite sua<br />
separação e drenag<strong>em</strong>.<br />
A escória po<strong>de</strong> ser resfriada <strong>de</strong> duas maneiras<br />
diferentes, com reflexos sobre<br />
sua composição e reativida<strong>de</strong>, que são:<br />
a- Resfriamento lento - a escória se cristaliza principalmente na forma <strong>de</strong> melilita, uma<br />
solução sólida <strong>de</strong> ackermanita e gelenita. Quando resfriada <strong>de</strong>ssa forma, a escória<br />
praticamente não t<strong>em</strong> valor hidráulico e não po<strong>de</strong> ser utilizada como material cimentício<br />
alternativo, mesmo que finalmente moída, po<strong>de</strong>ndo, porém, ser utilizada como<br />
agregado na produção <strong>de</strong> concretos, asfaltos, bases rodoviárias, etc. (AÏTCIN, 2000).<br />
b- Resfriamento rápido - <strong>de</strong>sta forma a escória se cristaliza numa forma vítrea e po<strong>de</strong>,<br />
então, <strong>de</strong>senvolver proprieda<strong>de</strong>s cimentícias, se a<strong>de</strong>quadamente moída e ativada. O<br />
resfriamento rápido po<strong>de</strong> ser realizado com jatos <strong>de</strong> água, como apresentado na Figura<br />
2.10.<br />
3<br />
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