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O cultivo de arroz ocupa o 2º lugar em área plantada no mundo, só perdendo para o trigo. O maior produtor do mundo é a China, seguido pela índia, Indonésia, Bangladesh, Vietnã e outros. O Brasil ocupa o 10º lugar, com uma produção de cerca de 2% da produção mundial (POUEY, 2005). A casca de arroz é uma capa lenhosa do grão, dura, com alto teor de sílica, composta de aproximadamente 50% de celulose, 30% de 43 lignina e 20% de sílica de base anidra (MEHTA, 1992 apud SANTOS, 1997). Quando queimada a lignina e a celulose podem ser removidas, resultando numa estrutura celular porosa. Conforme POUEY (2005) a cinza da casca de arroz (CCA) é um resíduo agro-industrial decorrente do processo de queima da casca de arroz, sendo largamente encontrada em regiões onde este cereal é beneficiado. Após as primeiras operações de beneficiamento do arroz surge a casca, que é um subproduto do processo. Devido a seu alto poder calorífico (3.000 kcal/kg), a casca é amplamente empregada no parque industrial como fonte de energia, tanto na própria indústria de beneficiamento para secagem e parboilização dos grãos. Isto gera grande quantidade de cinzas, pois após a queima completa, cerca de 20% da casca de arroz é convertida em cinzas, as quais ainda são consideradas um resíduo agro-industrial sem destinação certa, sendo simplesmente descartadas ou lançadas em aterros, rios, etc., gerando muitos problemas ambientais (Figura 2.8). A vantagem do uso da CCA é que a fonte agrícola é farta. Dos 12,1 milhões de toneladas de arroz que o país produz por ano (IBGE, 2009), a casca corresponde a 20% desta massa (2,4 milhões de toneladas), que são rejeitadas, criando um grave problema ambiental, principalmente nas regiões onde o cultivo de arroz se faz em larga escala. Este resíduo agrícola poderia se converter em 480 mil toneladas de sílica, o suficiente para suprir o mercado de concretos estruturais e outros. Desta forma, uma vez que esta tecnologia fosse aplicada integralmente, poder-se-ia resolver um grave problema ambiental e gerar uma fonte de renda adicional para os produtores de arroz.
FIGURA 2.8 - LANÇAMENTO DE CINZA DE CASCA DE ARROZ NA SANGA DAS CHARQUEADAS, MUNICIPIO DE TAPES (RS) Fonte: Júlio Wandam (2007) pozolânico. A combustão controlada em temperaturas entre 500°C a 700°C produz e 600°C POUEY (2005) conclui que as CCA produzidas em temperaturas entre 400°C Além do processo térmico a finura da cinza também apresenta grande estética e que pode ser contornada mediante tratamentos químicos, tal como banho com ácido clorídrico (HCl), que permite o clareamento das cinzas até a cor branca implica na incerteza do grau de reatividade. 44 do material disponível A viabilidade técnica de aplicação da CCA em diversas áreas da indústria e da engenharia tem sido comprovada por inúmeros trabalhos experimentais como os apresentados por DAFICO (2001), SANTO S (1997), WEBER (2001), POUEY (2005), entre outros. De acordo com MALHOTRA (1993) citado por WEBER (2001), as cinzas produzidas por combustão sem controle são normalmente cristalinas e de baixo valor cinzas altamente pozolânicas. não apresentaram alterações em suas características mineralógicas, cujo aspecto positivo é não tornar cristalinas as partículas amorfas. influência sobre a sua atividade pozolânica, pois as mais importantes características físicas da cinza estão relacionadas ao seu grau de moagem (DAL MOLIN et al., 1997). O efetivo emprego da CCA na construção civil encontra restrições por motivos tais como sua coloração escura e a falta de uniformidade apresentada em termos de características mineralógicas. A cor escura não é um problema de ordem técnica, mas (DAFICO e PRUDÊNCIO JÚNIOR, 2002). Já a composição mineralógica está associada à atividade pozolânica, e a falta de uniformidade
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FIGURA<br />
2.8 - LANÇAMENTO DE CINZA DE CASCA DE ARROZ NA SANGA DAS CHARQUEADAS,<br />
MUNICIPIO DE TAPES (RS)<br />
Fonte: Júlio Wandam (2007)<br />
pozolânico.<br />
A combustão controlada <strong>em</strong> t<strong>em</strong>peraturas entre 500°C a 700°C produz<br />
e 600°C<br />
POUEY (2005) conclui que as CCA produzidas <strong>em</strong> t<strong>em</strong>peraturas entre 400°C<br />
Além do processo térmico a finura da cinza também apresenta gran<strong>de</strong> estética e que po<strong>de</strong> ser contornada mediante tratamentos químicos,<br />
tal como banho<br />
com ácido<br />
clorídrico (HCl), que permite o clareamento das cinzas até a cor branca<br />
implica na<br />
incerteza do grau <strong>de</strong> reativida<strong>de</strong>.<br />
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do material disponível<br />
A viabilida<strong>de</strong> técnica <strong>de</strong> aplicação da CCA <strong>em</strong> diversas áreas da indústria e da<br />
<strong>engenharia</strong> t<strong>em</strong> sido comprovada por inúmeros trabalhos experimentais como os<br />
apresentados por DAFICO (2001), SANTO S<br />
(1997), WEBER (2001), POUEY (2005),<br />
entre outros.<br />
De acordo com MALHOTRA (1993) citado por WEBER (2001), as cinzas<br />
produzidas por combustão s<strong>em</strong> controle são normalmente cristalinas e <strong>de</strong> baixo valor<br />
cinzas altamente pozolânicas.<br />
não apresentaram alterações <strong>em</strong> suas características mineralógicas, cujo<br />
aspecto positivo é não tornar cristalinas as partículas amorfas.<br />
influência sobre a sua ativida<strong>de</strong> pozolânica, pois as mais importantes características<br />
físicas da cinza estão relacionadas ao seu grau <strong>de</strong> moag<strong>em</strong> (DAL MOLIN et al., 1997).<br />
O efetivo <strong>em</strong>prego da CCA na construção civil encontra restrições por motivos<br />
tais como sua coloração escura e a falta <strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong> apresentada <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />
características mineralógicas. A cor escura não é um probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ord<strong>em</strong> técnica, mas<br />
(DAFICO e PRUDÊNCIO JÚNIOR, 2002). Já a composição mineralógica está<br />
associada à ativida<strong>de</strong> pozolânica, e a falta <strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong>