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Este rejeito industrial recebeu inicialmente denominações tais como fumos de sílica ou microssílica, contudo a NBR 13.956 (1997) estabeleceu a denominação sílica ativa como padrão (CARMO, 2006). Em 2001 a produção mundial de sílica ativa era de 585,7 milhões de toneladas, tendo como maiores produtores a Noruega e os Estados Unidos. No Brasil, naquele ano, a produção era de 10,5 milhões de toneladas (IBGE, 2002 apud CARMO, 2006). nos anos As primeiras investigações sobre o uso da sílica ativa em concretos se deram 60, na Noruega. Na década de 80, estas pesquisas se estenderam para outros paises, como Canadá e Estados Unidos (MALHORTA, CARETTE e SIVASUNDARAM, 1994 apud CARMO, 2006). Conforme CARMO (2006) a adoção da sílica ativa no Brasil, só começou a ser debatida em congressos em 1984, com a realização do 1 Seminário Tecnológico Elken, porém, este material só recebeu maior atenção no 8th International Congress on the Chemistry of Cement, que ocorreu no Rio de Janeiro em 1986. Características Físicas e Químicas da Sílica Ativa As características químicas e físicas da sílica ativa dependem do tipo de liga produzida, tipo de forno e da composição química e dosagem das matérias primas. A sílica ativa é um pó fino cuja cor varia de cinza claro a cinza escuro. Como o SiO2 é incolor, a cor da sílica ativa é determinada pelo teor de carbono e de óxido de ferro presentes. O teor de SiO2 da sílica ativa varia entre 85% a 90%, em função do tipo de liga produzida. Do ponto de vista físico, as partículas de sílica ativa parecem perfeitamente esféricas, com diâmetros variando de menos de 0,1 µm até 1 µm ou 2 µm, de tal forma que a esfera média da sílica ativa é até 100 vezes menor que a média das partículas de cimento Portland (ACI 234R-96, 2001 apud MENDES, 2002). A superfície específica média da sílica ativa, medida pela técnica de adsorção cm 2 de nitrogênio (BET), é de 20.000 cm /g. 2 /g podendo variar de 13.000 cm 2 /g a 25.000 35

A massa específica é da ordem de 2,20 g/cm 3 , menor que a do cimento Portland, que é de aproximadamente 3,10 g/cm 3 (NEVILLE 1997). A massa unitária varia entre valores como 250 kg/m 3 a 300 kg/m 3 , em estado natural a valores entre 500 kg/m 3 a 700 kg/m 3 , quando densificada (KHAYAT e AÏTCIN, 1993 apud MENDES, 2002). FIGURA 2.5 - MICROGRAFIA DE UMA AMOSTRA DE SILICA ATIVA E DE UM GRUMO DE PARTÍCULAS DE SÍLICA ATIVA Fonte: MEHTA e MONTEIRO (2008) e DAFICO (2001) Dosagem de Sílica Ativa De acordo com AÏTCIN (2000) a dosagem ideal de sílica ativa, necessária para fixar todo o potencial de cal liberada pela hidratação do C3S e do C2S do cimento Portland, estaria entre 25% e 30% da massa de cimento. Porém, estas dosagens não seriam viáveis na prática, devido à quantidade elevada de aditivo superplastificante necessária. Para alguns pesquisadores, teores abaixo de 5% não resultam em aumento da resistência mecânica dos concretos, pois esta quantidade é insuficiente para permitir (NEVILLE, 1997). As dosagens de sílica ativa, geralmente empregadas nos concretos de alto desempenho, se encontram na faixa de 5% a 15% sobre a massa do cimento (ACI 363R-92, 2001 apud MENDES, 2002). o fortalecimento da interface pasta-agregado. Dosagens acima de 15% resultam em menores ganhos de resistência e aumentos consideráveis no custo final do concreto 36

A massa específica é da ord<strong>em</strong> <strong>de</strong> 2,20 g/cm 3 , menor que a do cimento<br />

Portland, que é <strong>de</strong> aproximadamente 3,10 g/cm 3 (NEVILLE 1997).<br />

A massa unitária varia entre valores como 250 kg/m 3 a 300 kg/m 3 , <strong>em</strong> estado<br />

natural a valores entre 500 kg/m 3 a 700 kg/m 3 , quando <strong>de</strong>nsificada (KHAYAT e AÏTCIN,<br />

1993 apud<br />

MENDES, 2002).<br />

FIGURA 2.5 - MICROGRAFIA DE UMA AMOSTRA DE SILICA ATIVA E DE UM GRUMO DE PARTÍCULAS DE<br />

SÍLICA ATIVA<br />

Fonte: MEHTA e MONTEIRO (2008) e DAFICO (2001)<br />

Dosag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Sílica Ativa<br />

De acordo com AÏTCIN (2000) a dosag<strong>em</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> sílica ativa, necessária<br />

para fixar todo o potencial <strong>de</strong> cal liberada pela hidratação do C3S e do C2S do cimento<br />

Portland, estaria entre 25% e 30% da massa <strong>de</strong> cimento. Porém, estas dosagens não<br />

seriam viáveis na prática, <strong>de</strong>vido à quantida<strong>de</strong> elevada <strong>de</strong> aditivo superplastificante<br />

necessária.<br />

Para alguns pesquisadores,<br />

teores abaixo <strong>de</strong> 5% não resultam <strong>em</strong> aumento<br />

da resistência<br />

mecânica dos concretos, pois esta quantida<strong>de</strong> é insuficiente para permitir<br />

(NEVILLE, 1997).<br />

As dosagens <strong>de</strong> sílica ativa, geralmente <strong>em</strong>pregadas nos concretos <strong>de</strong> alto<br />

<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho, se encontram na faixa <strong>de</strong> 5% a 15% sobre a massa do cimento (ACI<br />

363R-92, 2001 apud MENDES, 2002).<br />

o fortalecimento da interface pasta-agregado. Dosagens acima <strong>de</strong> 15% resultam <strong>em</strong><br />

menores ganhos <strong>de</strong> resistência e aumentos consi<strong>de</strong>ráveis no custo final do concreto<br />

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