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2.3.2 Processos e Mecanismos da ligação entre o Cimento e a Madeira tempo de reação e da resistência final do material (HACHMI e CAMPBELL, 1989). HACHMI e CAMPBELL (1989) determinaram que os carboidratos reagem com o cálcio, alumínio e cátions de ferro do cimento e através de hidrólise com a manose e galactose ou através dos ácidos glucorônicos para retardar a reação de hidratação do cimento O termo compatibilidade, que vem sendo aplicado na área de pesquisa sobre compósitos cimento-madeira se refere ao tempo de endurecimento do cimento e se esse processo é ou não perturbado em presença da madeira (JORGE et al., 2004). A resistência do cimento Portland depende principalmente dos teores de C2S e C3S. A adição de quaisquer outros materiais, tais como partículas de madeira ou outros aditivos, orgânicos ou inorgânicos irá afetar a magnitude da reação de hidratação, do Portland, reduzindo sua cristalinidade e resistência. Nos estágios mais avançados da hidratação do cimento, a água e os componentes da madeira dissolvidos são, provavelmente, arrancados da madeira e migram para a superfície das partículas de madeira. Estes compostos inibem os estágios mais avançados da hidratação e endurecimento do cimento. Além disso, a retirada da água das partículas da madeira causa uma retração das partículas que reduzem a ligação da pasta de cimento com as partículas de madeira. De acordo com MILLER e MOSLEMI (1991) e BERALDO e CARVALHO (2004), resinas e outras substâncias químicas podem, também, migrar para a superfície da madeira durante o período de secagem da madeira, formando uma camada hidrófoba que reduz as pontes de hidrogênio entre a madeira e o cimento, o que, sem dúvida, implica na redução da resistência na interface. Para BERALDO e CARVALHO (2004), não se deve apenas considerar a quantidade de extrativos da madeira, mas também o tipo de extrativo (ácidos graxos, taninos, carboidratos e outros) e para SIMATUPANG et al. (1988), os extrativos da madeira são os principais responsáveis pela inibição da solidificação do cimento. Seus princípios ativos são os compostos fenólicos e os carboidratos livres, enquanto que 21

para HACHMI e MOSLEMI (1990), as substâncias solúveis em água apresentam um efeito mais pronunciado sobre a inibição da pega do cimento. Os compostos fenólicos presente no cerne de algumas espécies florestais têm efeito nocivo quanto à interação com o cimento Portland, como demonstrado por SANDERMANN e BRENDEL (1956) apud MILLER e MOSLEMI (1991). Estes estudos indicam que a existência de mais de 0,2% destes compostos na madeira inibem totalmente a hidratação do cimento Portland. A glicose, na concentração de 1%, inibiu completamente a pega de um tipo de cimento (SIMATUPANG, 1986). Conforme DIETRICHS (1964), citado por FENGEL e HACHMI e CAMPBELL (1989), são mais compatíveis com o cimento Portland, se verificam altas porcentagens de açúcares simples no floema e nos limites do floema com xilema, decrescendo rapidamente o conteúdo em direção aos limites do cerne e alburno. 2.3.3 Agressividade da Matriz Cimentícia De acordo com MEHTA e MONTEIRO (1994) os cristais de Ca(OH)2 produzidos durante a hidratação do cimento Portland, representam 20% a 25% do volume O efeito de substâncias inibitórias ao cimento pode ser verificado quando se varia à concentração das mesmas em relação à massa de cimento (BERALDO, 1994). WEGENER (1984), mesmo em coníferas, que de acordo com MOSLEMI (1988) e de sólidos da pasta hidratada o que, conforme HACHMI e CAMPBELL (1989) aumenta o pH da pasta para aproximadamente 12,5 propiciando o inchamento, dissolução e degradação da madeira. Para FAN et al. (2000), o aumento do pH da matriz é capaz de remover grande parte dos extrativos e dissolver consideráveis partes dos componentes da madeira, especialmente a hemicelulose, proporcionando alterações dimensionais no compósito cimento-madeira. 22

2.3.2 Processos<br />

e Mecanismos da ligação entre o Cimento e a Ma<strong>de</strong>ira<br />

t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> reação e da resistência final do material (HACHMI e CAMPBELL, 1989).<br />

HACHMI e CAMPBELL (1989) <strong>de</strong>terminaram que os carboidratos reag<strong>em</strong> com<br />

o cálcio, alumínio e cátions <strong>de</strong> ferro do cimento<br />

e através <strong>de</strong> hidrólise com a manose e<br />

galactose ou através<br />

dos ácidos glucorônicos para retardar a reação <strong>de</strong> hidratação do<br />

cimento<br />

O termo compatibilida<strong>de</strong>, que v<strong>em</strong> sendo aplicado na área <strong>de</strong> pesquisa sobre<br />

compósitos cimento-ma<strong>de</strong>ira se refere ao t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> endurecimento do cimento e se<br />

esse processo é ou não perturbado <strong>em</strong> presença da ma<strong>de</strong>ira (JORGE et al., 2004). A<br />

resistência do cimento Portland <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> principalmente dos teores <strong>de</strong> C2S e C3S. A<br />

adição <strong>de</strong> quaisquer outros materiais, tais como partículas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou outros<br />

aditivos, orgânicos ou inorgânicos irá afetar a magnitu<strong>de</strong> da reação <strong>de</strong> hidratação, do<br />

Portland, reduzindo sua cristalinida<strong>de</strong> e resistência. Nos estágios mais<br />

avançados da hidratação do cimento, a água e os componentes da ma<strong>de</strong>ira dissolvidos<br />

são, provavelmente, arrancados da ma<strong>de</strong>ira e migram para a superfície das partículas<br />

<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Estes compostos inib<strong>em</strong> os estágios mais avançados da hidratação e<br />

endurecimento do cimento. Além disso,<br />

a retirada da água das partículas da ma<strong>de</strong>ira<br />

causa uma<br />

retração das partículas que reduz<strong>em</strong> a ligação da pasta <strong>de</strong> cimento com as<br />

partículas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

De acordo com MILLER e MOSLEMI (1991) e BERALDO e CARVALHO<br />

(2004), resinas e outras substâncias<br />

químicas pod<strong>em</strong>, também, migrar para a superfície<br />

da<br />

ma<strong>de</strong>ira durante o período <strong>de</strong> secag<strong>em</strong> da ma<strong>de</strong>ira, formando uma camada<br />

hidrófoba<br />

que reduz as pontes <strong>de</strong> hidrogênio entre a ma<strong>de</strong>ira e o cimento, o que, s<strong>em</strong><br />

dúvida, implica na redução da resistência na interface.<br />

Para BERALDO e CARVALHO (2004), não se <strong>de</strong>ve apenas consi<strong>de</strong>rar a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extrativos da ma<strong>de</strong>ira, mas também o tipo <strong>de</strong> extrativo (ácidos graxos,<br />

taninos, carboidratos e outros) e para SIMATUPANG et al. (1988), os extrativos da<br />

ma<strong>de</strong>ira são os principais responsáveis pela inibição da solidificação do cimento. Seus<br />

princípios ativos são os compostos fenólicos e os carboidratos livres, enquanto que<br />

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