Diante do verificado, po<strong>de</strong>-se constatar que: 227 • As diferenças <strong>de</strong>terminadas nas dimensões da largura, altura, pare<strong>de</strong>s laterais e septos, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>-se ao fato da ma<strong>de</strong>ira presente (resíduo <strong>de</strong> Pinus spp) sob a forma <strong>de</strong> agregado lignocelulósico, ser um material mais elástico que os agregados minerais e <strong>de</strong>sta forma tend<strong>em</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cessado o esforço <strong>de</strong> compactação, durante a produção, retornar as dimensões originais; • Quanto às diferenças <strong>de</strong>terminadas para as pare<strong>de</strong>s laterais e septos pelos blocos produzidos com materiais equipamento. convencionais (Ref 1), <strong>de</strong>ve-se, provavelmente, ao <strong>de</strong>sgaste das fôrmas <strong>em</strong> função do uso contínuo do 4.6.2 Determinação das Características Físicas Além das características físicas normalmente <strong>de</strong>terminadas como massa específica, índice <strong>de</strong> vazios e absorção <strong>de</strong> água, a norma NBR 6.136 (2008), <strong>de</strong>termina, também, a <strong>de</strong>terminação da variação dimensional dos blocos <strong>em</strong> função da perda <strong>de</strong> água, <strong>de</strong>nominada retração por secag<strong>em</strong>. Na Tabela 4.71, apresentam- se os valores <strong>de</strong>terminados para as características físicas dos blocos protótipos. Quanto à massa específica dos blocos protótipo, verifica-se: • A maior massa específica, conforme esperado, foi apresentada pelos blocos protótipos produzidos com os materiais convencionais (2.242,36 kg/m esentando diferenças estatísticas significativas para todos os 3 ), apr d<strong>em</strong>ais; • Entre os blocos protótipos, não se verificaram diferenças muito relevantes entre as massas específicas, sendo que o bloco produzido com 50% <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> Pinus spp in natura com adição <strong>de</strong> 4,5% <strong>de</strong> CaCl2.2H2O apresentou a maior massa específica média (2.035,34 kg/m 3 ), porém 9,23% inferior que o produzido com os materiais convencionais;
• As menores massas específicas médias foram verificadas para os blocos 228 com substituição <strong>de</strong> 50% <strong>de</strong> agregado miúdo por resíduo <strong>de</strong> Pinus spp e 5% <strong>de</strong> CV ( 1.956,08 kg/m 3 ), 12,06% inferior ao Ref. 1 e com substituição do cimento por 30% <strong>de</strong> CCA (1.964,29 kg/m 3 ), 11,69% inferior que o Ref.1. TABELA 4.71 - BLOCOS PROTÓTIPOS – CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ANÁLISE DA RETRAÇÃO POR SECAGEM Traço 1:10 - 50% Pinus-sp ME Seco CV CV Absorção CV CV Blocos Protótipos ( kg/m (%) (%) (%) (%) Tr o 1 : 10 (Ref 1) 2242,36** A E 1,88 5,40** 2,71 0,0446 C 13,99 3 Índice <strong>de</strong> Vazios Retração por ) (%) (%) Secag<strong>em</strong> (%) aç 0,85 12,12** F B BCD BC BC C Mad in Natura (Ref 2) 2019,38** 1,95 14,54** 5,49 7,21** 7,36 0,0422 BCD A A BC Ma d in Natura + 4.5% CaCl2 (Ref 3) 1977,97** 1,42 15,51** 3,19 7,84** 2,21 0,0446 B D D C Mad AF-48H + 4.5% CaCl 2 (Ref 4) 2035,34** 0,72 13,47** 1,36 6,62** 1,76 0,0443 BC E EF A Sílica Ativa (10,0%) 2028,61** 6,49 11,36** 7,8 5,61** 6,03 0,0528 BCD E E ABC Metacaulim (10,0%) 2022,67** 2,19 11,99** 4,78 5,93** 5,20 0,0475 D BC AB AB Cinza Volante (5,0%) 1956,08** 1,36 14,53** 0,98 7,43** 1,07 0,0526 BCD CD CD ABC Escória <strong>de</strong> Alto Forno (25,0%) 2010,66** 2,48 13,78** 6,48 6,86** 7,16 0,0478 BCD D CD A Res. <strong>de</strong> Cerâmica Calcinada (5,0%) 1989,09** 1,70 13,62** 5,06 6,85** 5,39 0,0541 CD B AB A Cinza <strong>de</strong> Casca <strong>de</strong> Arroz (30,0%) 1964,29** 1,66 14,62** 3,71 7,45** 3,58 0,0545 Letras diferentes <strong>de</strong>notam diferenças estatísticas entre as médias nas colunas ao nível <strong>de</strong> 95% <strong>de</strong> confiança; * Médias <strong>de</strong> 3 medições; ** Médias <strong>de</strong> 5 medições CV = Coeficiente <strong>de</strong> Variação; ME = Massa Específica; Valores entre parentesis indicam o teor <strong>de</strong> substituição ao cimento Portland Quanto à porosida<strong>de</strong> dos blocos protótipos, <strong>de</strong>terminada <strong>em</strong> função do índice <strong>de</strong> vazios, verificam-se: • As maiores porosida<strong>de</strong>s foram <strong>de</strong>terminadas para os blocos produzidos com 50% <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> Pinus spp in natura com adição <strong>de</strong> 4,5% <strong>de</strong> CaCl2.2H2O -Ref 3 (15,51%), seguido dos blocos produzidos com 50% <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> Pinus spp in natura – Ref 2 (14,54%) e com 50% <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> Pinus spp e substituição do cimento Portland por 5% CV (14,53%) e 30% CCA ( 14,62%); • Os menores valores para porosida<strong>de</strong>, foram <strong>de</strong>terminados para os blocos produzidos com 50% <strong>de</strong> resíduo <strong>de</strong> Pinus spp e 10% SA (11,36%), 10% MC (11,99%) e para os blocos Ref 1 - produzidos com materiais convencionais (12,12%), s<strong>em</strong> diferenças significativas entre eles; 4,06 9,14 5,43 10,08 10,06 5,61 11,46 2,79 15,66
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